AJ Renner quer reunir suas histórias e memórias

COMUNIDADE pode auxiliar a rememorar os 60 anos do colégio

O Colégio Estadual AJ Renner está empenhado em resgatar o patrimônio material que representa os seus 60 anos de fundação, visando criar um memorial. O projeto “AJ Renner – Histórias e Memórias” tem como objetivo promover rodas de conversas e resgatar as memórias dos indivíduos que contribuíram para essa história ao longo do tempo.

Idealizada pelo professor Ricardo Agádio Kraemmer, a proposta foi acolhida pelo corpo docente e pelos alunos da instituição. O educador busca valorizar e preservar a história do espaço educacional, com a intenção de manter e expandir os espaços de memória no colégio, com a criação do memorial, galeria de ex-diretores, exposições e outros. “A ideia é elevar a auto-estima da comunidade escolar, apresentando as realizações em que a Escola foi protagonista ao longo desses 60 anos de existência”, explica o professor.

Embora o AJ Renner tenha completado 60 anos em 21 de março, a campanha de captação de objetos e memórias continuará ao longo do ano. A diretora da escola, Patrícia Renner, que também foi aluna da instituição quando ainda era chamada de Colégio Industrial, demonstra entusiasmo com o projeto, que vai além da busca por materiais. “Vamos resgatar o hino da escola e imagens desde a construção do prédio. Se alguém tiver alguma foto ou registro da escola e quiser trazer para digitalizarmos, vamos ficar muito felizes. Muitas fotos foram extraviadas. Tenho certeza de que os alunos se lembrarão dos torneios de futebol na quadra da escola. São coisas para resgatar e ter tudo isso registrado”, destaca a diretora.

Encontro do passado com o presente do AJ
Ex-alunos do AJ Renner foram convidados para um bate-papo no Colégio. No último dia 12, Kerwin Astor Weizenmann, coordenador do Museu Digital, e Júlio Correia, idealizador e fundador do Museu do Brinquedo, compartilharam suas lembranças e experiências com algumas turmas e educadores.

O projeto do professor Ricardo foi acolhido pela diretora e demais membros da comunidade escolar

Kerwin falou sobre a importância da conservação das imagens, através do processo de digitalização, e sobre as ferramentas hoje disponibilizadas para cada vez mais melhorar a preservação das memórias. “Estudei na escola nos anos de 76, 77, 78. Eu morava no Centro de Montenegro, perto do hospital. E vinha duas vezes por dia, dois períodos a pé pra escola. Era muito importante pra mim o aprendizado. Aqui foi um grande berço de conhecimento, de amizades que até hoje eu carrego na minha vida”, contou Júlio Correia.

Além das memórias do período escolar, Júlio falou a respeito da importância da preservação da história. “Trouxe para eles a ideia e o sonho concretizado com o Museu do Brinquedo. Tudo nasce de um processo. Uma vez que os pais, os avós talvez tenham estudado aqui, podem ter um material muito importante, o recorte de jornal, fotografias.”

Os colegas Eduardo Machado e Luiz Eduardo de Souza já estão se mobilizando em prol do memorial

Os jovens que participaram do bate-papo com os convidados no AJ Renner expressaram suas opiniões sobre a importância de preservar a história da escola. “Acho bem interessante porque com essas ideias deixam a história da escola viva. O AJ tem muita história que eu mesmo não sabia, é muito importante para reviver e não deixar isso tudo se perder”, avalia Eduardo Machado, aluno do 2º ano do ensino médio. “Tenho meu primo que já estudou aqui também. “Tomara que eu possa deixar minha marca aqui e ter história para contar no futuro, pra falar com meus antigos colegas ou filhos”, acrescenta.

Luiz Eduardo de Souza, também estudante do 2º ano, se encanta cada vez mais ao conhecer o passado do local que escolheu para estudar. “Acho que a gente pode ajudar principalmente na parte de coletar informações sobre a história do AJ. Achamos várias coisas antigas, achei bem interessante o troféu de 2002, a gente achou um troféu dos jogos escolares. A gente achou HDs bem antigos, que nem eu sabia que existia. Fiquei sabendo agora também da gigante história que o colégio tem aqui em Montenegro.”

Luiz Eduardo destaca ainda o entusiasmo gerado pela descoberta da história da escola. “Isso dá um entusiasmo maior, dá maior vontade de estar aqui na escola, fazendo atividades extras fora da sala de aula. A gente tem a robótica hoje, é a única escola pública do estado a ter a robótica FTC. Acho bem interessante a parte de a gente poder ajudar a contribuir com a história do AJ”, conclui.

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