Fotógrafa aposentada, Emília Lopes incentiva outras pessoas a adotarem a reciclagem dos materiais como hábito
Para a montenegrina Emília Lopes Nunes, de 58 anos, “lixo” e arte podem andar lado a lado, só depende da visão de cada pessoa. Há dez anos, ao se aposentar da profissão de fotógrafa, ela encontrou no artesanato uma maneira de preencher o tempo livre e dar um novo sentido para sua vida, além de nova utilidade para objetos desprezados por grande parte da população.
Emília busca, no reaproveitamento de materiais, contribuir para a sustentabilidade no ambiente onde vive. E afirma que se mais gente também praticar a reciclagem, muitos problemas causados pelos resíduos podem ser drasticamente reduzidos. “Podemos reciclar praticamente tudo”, defende a artesã.
Já na entrada da casa de Emília, é possível observar que a criatividade ornamenta o local. No pátio, os vasos coloridos chamam a atenção. Mas se olhar mais de perto é possível perceber que outrora as floreiras eram, na verdade, latas de tinta e baldes, que com capricho passaram por uma verdadeira transformação e adquiriram nova função.
Dentro da residência, garrafas enfeitam os ambientes na forma de porta-retratos e vasos de mesa. Os CDs também têm sua utilidade na decoração, a garrafa térmica velha virou peso para porta. E assim por diante, aproveitando os mais variados materiais que seriam descartados, Emília dá “vida nova” para os objetos. “Esses dias, passei com o carro por cima de uma garrafa e acabei rasgando o pneu. Se aquela garrafa tivesse sido reciclada, eu não teria esse tipo de problema. É tão fácil reciclar, você ajuda o meio ambiente e ainda pode ganhar um dinheirinho extra”, comenta.
A artesã também trabalha com obras de pintura, crochê e tricô. E até dá aulas para pessoas interessadas em aprender um novo ofício e fugir do estresse. “Se tu tiveres algum problema, começa a fazer tricô e crochê. Tu vais te concentrar apenas naquilo que estás fazendo e deixar teus problemas de lado. É uma ótima terapia”, recomenda.