Ídolo do Grêmio inspira projeto de futebol em Montenegro

E.C. Flecha Negra. Escolinha atende mais de 100 jovens atletas

Com o respeito e a educação como pilares do projeto, Sávio Ribeiro e seu filho Enrico criaram, em 2017, o E.C. Flecha Negra, escola de futebol que atende mais de 100 jovens atletas em Montenegro. Inspirado no ídolo do Grêmio, Tarciso ‘Flecha Negra’, que inclusive autorizou o nome do time e sugeriu as cores do escudo, o projeto iniciou em Porto Alegre e chegou a Montenegro há aproximadamente dois anos, quando Sávio veio morar na cidade.

Fundador do projeto e treinador da garotada, Sávio é natural da Capital e chegou a jogar com Tarciso nas décadas de 80 e 90. Amigo do ídolo gremista, que infelizmente faleceu em 2018, Sávio pediu a autorização de Flecha Negra para definir o nome da equipe. De prontidão, Tarciso deu o aval. Na quadra do Gasômetro, na Capital Gaúcha, o projeto teve seu pontapé inicial.

Punho cerrado é a marca do projeto

Atualmente, quem treina os jovens em Porto Alegre é Enrico, filho de Sávio. Ele permaneceu na cidade. A escolinha atende meninos e meninas dos seis aos 18 anos de idade. Em Montenegro, os treinos acontecem no ginásio do bairro Esperança, às terças e sextas (das 18h às 21h), e também no campo da Brigada Militar, no bairro Olaria, sempre às segundas, quartas e sábados, das 15h às 18h.

Ídolo do Grêmio, Tarciso “batizou” o projeto fundado por Sávio e seu filho. Foto: Sávio Ribeiro / arquivo pessoal

Recordista de jogos com a camisa do Grêmio, com 721 partidas, Tarciso marcou 226 gols pelo clube e, além dos títulos, deixou um legado. Com o E.C. Flecha Negra, Sávio busca, além de oportunizar jovens talentos no esporte, reforçar uma luta diária, contra o racismo. “Sempre gostei de futebol, e quero que a gurizada goste também. O punho cerrado é a nossa marca”, declara.

“Em todos os lugares que jogamos, infelizmente sempre tem alguém chamando outro atleta de negro, de macaco. A educação e o respeito são os pilares do nosso projeto, que é comunitário. Não toleramos nenhum tipo de preconceito, e todos que tiverem interesse em integrar nossa equipe, são aceitos”, completa Sávio.

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