Jiu-jitsu. Turma infantil da Academia Guetho completa uma década em dezembro. Alunos querem ser profissionais
Atualmente, é muito mais fácil ver uma criança mexendo em um smart-phone do que praticando esportes. No século XXI, a tecnologia virou um concorrente forte, praticamente imbatível para as atividades físicas dos pequenos. Apesar disso, muitos jovens têm o amparo dos pais e professores para conciliar os estudos com atividades físicas e com o uso da tecnologia.
Além do futebol, que continua sendo o esporte mais praticado pela criançada, algumas artes marciais têm entrado na rotina infantil. Uma delas é o jiu-jitsu, modalidade que vem ganhando cada vez mais adeptos (de todas as idades) na cidade e no país. Na Academia Guetho Jiu-Jitsu, em Montenegro, a turma infantil vai completar dez anos em dezembro deste ano. Uma década de muitos aprendizados e ensinamentos, mas principalmente de disciplina por parte da garotada.
Nesse esporte e nessa fase da vida, o aspecto disciplinar é fundamental para a formação das crianças. Professor da Guetho, Adriano Chagas destaca o rápido amadurecimento dos alunos que iniciam no esporte. “Trabalhamos com um método mais lúdico. Observamos que a criança, quando começa no jiu-jitsu, fica mais tolerante, disciplinada e mais integrada socialmente. Elas ficam mais tranquilas em relação a uma ameaça. É um esporte que serve para a vida toda”, frisa.
A turma infantil da Guetho conta com 20 alunos, entre quatro e 12 anos de idade. Um desses aprendizes é Matheus Vogt do Prado, 10 anos, que está há dois anos na academia e está ansioso por sua primeira luta oficial. “Meu pai me incentivou a lutar porque é uma atividade muito boa. Aprendo bastante a disciplina e as técnicas do jiu-jitsu nas aulas. Gosto de futebol também, mas prefiro jiu. Estou ansioso para competir pela primeira vez”, ressalta o garoto.
Quem também está há dois anos na academia é a pequena Beatriz Gomes Oliveira, de apenas seis anos. Apesar da pouca idade, ela já tem em sua casa duas medalhas: primeiro lugar na Copa Prime e também no Bento Open. O incentivo do pai faz a diferença para Beatriz. “Gosto de treinar. Em casa, treino com meu pai, mas só de brincadeira. As competições de que participei foram legais, aprendi muitos golpes”, conta.
Eles ainda são pequenos, mas carregam o mesmo sonho: querem ser lutadores profissionais de jiu-jitsu. Terceiro lugar na 7ª etapa da Copa Prime, Halena Granja Chagas destaca um dos principais aspectos do esporte. “É uma arte marcial muito boa para aprender a se defender. Gosto quando luto com oponentes mais fortes, para melhorar cada vez mais. Estou ansiosa pelas próximas competições”, ressalta.
Mesmo tendo apenas seis anos de idade, Arthur Cesco de Sá Ferreira acredita que está perto de realizar seu sonho no esporte. “Sou muito ruim no futebol, por isso não jogo bola e prefiro o jiu-jitsu. Nas aulas, gosto mais dos golpes do que de qualquer outra coisa. Quero ser profissional e já estou quase sendo um lutador”, garante.
Há cinco anos na Guetho, Arthur Kerber Alves, 10, busca absorver todos os ensinamentos passados pelo professor Adriano nos treinamentos e conta com o apoio do seu pai para ter sucesso na arte marcial. “Aprender novos golpes nos treinos é o que mais gosto. Meu pai sempre me incentivou, ele diz que não posso desistir. Quero ganhar muitos campeonatos e me tornar profissional no jiu-jitsu”, afirma.
As aulas da turma infantil na Guetho Jiu-Jitsu acontecem nas terças e quintas-feiras, a partir das 19h.