Seja em casa, no trabalho, na escola ou em atividades de lazer, produzimos lixo diariamente. O consumo consciente e a preocupação com a preservação de recursos naturais, no entanto, garantem que o impacto do nosso dia a dia no meio ambiente seja o menor possível. Dar um destino adequado aos resíduos é o primeiro passo para o ciclo da reciclagem.
Em Montenegro, há várias ações que oportunizam ao cidadão fazer sua parte no descarte correto do lixo. Uma iniciativa mais recente é o EcoPila, lançado pelo Núcleo Socioambiental da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Montenegro e Pareci Novo. A “moeda” ecológica já está circulando e toda quinta-feira há posto de troca na Praça Rui Barbosa. O coordenador do núcleo, João Batista Dias, observa que o EcoPila tem boa receptividade na comunidade. “As pessoas elogiam muito o trabalho”, acrescenta.
O nome da “moeda” e o aspecto ambiental da ação é um diferencial que atrai as pessoas. Isso porque o valor do lixo, vendido a empresas que estão na cadeia da reciclagem, é baixo se o volume de material não for muito grande. Desta forma, receber dois EcoPilas desperta mais interesse do que se fossem R$ 2,00, não pelo valor aquisitivo, mas pelo aspecto ambiental que a moeda ecológica representa.
João percebe que, aos poucos, a ação vai contribuindo com a preservação ambiental. Ele observa que a troca ocorre sempre às quintas-feiras, das 7h às 12h. Neste dia 29, será a terceira edição. Os EcoPilas podem ser usados para compras nas empresas cadastradas. Esses estabelecimentos, por sua vez, fazem a troca da moeda ecológica por dinheiro na Montepel Assessoria Ambiental, empresa que compra e vende material no ciclo da reciclagem. João calcula que cerca de 400 “cédulas” já estejam circulando.
Além de contribuir com o meio ambiente de forma direta, através da troca do material reciclável, o cidadão colabora também indiretamente. João lembra que 10% do valor recebido são destinados ao Núcleo Sociambiental da ACI para serem utilizados em ações de preservação. Ele salienta que a tendência é o crescimento nas trocas pelo EcoPila, pois a população ainda está conhecendo esse trabalho.
Existem outras iniciativas que associam reciclagem com educação ambiental. João afirma que cerca de 10 toneladas de recicláveis já foram coletadas e vendidas pelas escolas através do projeto Educando para o Futuro, por meio de parceria entre Montepel, Prefeitura e Hexion. Portanto, outra forma de dar um destino adequado ao seu lixo reciclável é entregando às escolas. Assim você colabora com a preservação ambiental e com essas instituições de ensino, pois a participação no projeto favorece a educação e consiste em uma fonte de recursos.
troca de material por ecopila
-1 kg de latinha: 3 EcoPilas
– 4 kg de papelão ou jornal: 1 EcoPila
– 5 kg de papel em geral (revista, caderno, livro): 1 EcoPila
– 1 kg de PET ou Bombona – 1 EcoPila
Hoje haverá posto de troca na Praça Rui Barbosa, em Montenegro, das 7h às 12h.
E, no domingo, em Pareci Novo, durante o 2º Encontro de Tratores. Os EcoPilas poderão ser utilizados inclusive no evento.
Tampinhas valem dinheiro
Colaborar com a campanha Tampinha Legal é uma forma de aliar preservação ambiental com solidariedade. A ação foi lançada no Congresso Brasileiro do Plástico (CBP), uma iniciativa dos três sindicatos do setor – Sinplast, Simplás e Simplavi – em outubro de 2016. Desde então, já foram coletadas e recicladas mais de 60 milhões de tampinhas em várias cidades, beneficiando diversas entidades que vendem o material dentro do ciclo da reciclagem. Em Montenegro, a Sociedade Beneficente Espiritualista (Lar do Menor) aderiu e recebe tampinhas em pontos de coleta, entre as quais as unidades educacionais da instituição.
Auxílio aos animais
De forma independente, organizações que atuam em defesa dos animais, em Montenegro, também recebem tampinhas de plástico para vender. A Associação Montenegrina dos Guardiões dos Animais (Amoga), o grupo Cachorreiros e Gateiros, e o grupo Katami atuam de forma voluntária e fazem diferença na vida de animais abandonados ou vítimas de outros tipos de maus-tratos. Sem renda fixa, essas organizações dependem de doações e de promoções de campanhas e ações beneficentes para terem recursos para manter o trabalho.
As tampinhas arrecadadas serão vendidas e os recursos revertidos ao atendimento aos animais. Embora outros materiais recicláveis também possam ser vendidos, a opção pela tampinha se deve ao seu tamanho, mais fácil de guardar até a venda. Para colaborar, basta acumular um volume significativo de tampinhas e fazer contato com uma das ONGs, através das respectivas páginas na rede social Facebook.