Mulheres que Brilham: Rose Almeida: “Estou fora, mas quem disse que não posso voltar?”

ex-vereadora recebeu mais votos na POLÍTICA

A live Pronto Falei da última quarta, na continuidade do Prêmio Mulheres que Brilham, teve como entrevistada a ex-vereadora Rose Almeida, que passou vinte anos no Legislativo. Funcionária pública municipal aposentada, ela tem uma grande trajetória na política montenegrina. Foi secretária geral do Executivo por anos e essa foi uma bagagem muito importante. Rose já esteve dentro da Câmara como a única mulher vereadora eleita e muito se destacou pelo pulso firme na hora de tomar decisões. Relembrando sua infância, Rose pontua que a humildade era ponto forte da família. “Minha infância foi muito boa, uma vida tranquila, feliz. Meu pai e minha mãe foram um exemplo para mim por serem pessoas que batalharam, muito humildes e honestas”, pontua. “Passei minha infância brincando com a vizinhança, amizades que tenho até hoje. Eu curtia os bailes, as reuniões dançantes, foi tudo bem tranquilo”, conta.

Ela relembra que, quando viva, sua mãe sempre ajudou nas campanhas políticas e muitas vezes confeccionou bandeiras de propaganda (sempre da cor rosa, marca de Rose). Já quanto ao pai, ela lamenta a perda antes de que sua carreira na política se consagrasse. “Meu pai tinha uma veia política. Foi uma pena porque, quando eu me elegi, ele não estava mais vivo, fazia três anos que havia falecido. Ele gostaria muito de me ver concorrendo e me eleger vereadora”, afirma.

A política destaca sua maior dificuldade dentro da área. “Tu tens vontade de realizar algo, mas quando vai à análise da legalidade, da constitucionalidade, muitas vezes não tem como concretizar. O trabalho do vereador é limitado neste sentido. Qualquer projeto que gera despesa para o município não pode ser oriundo daqui. Muitas vezes fiquei frustrada. O vereador não executa nada, vereador legisla. Ele vota, pode fazer alguns projetos, mas quem faz o trabalho é o executivo”, salienta.

Sobre a decisão de não concorrer na última eleição, Rose já havia optado por não se candidatar e a notícia de um câncer de mama e em seguida ser positivada para a Covid-19 a fizeram bater o martelo. “Um ano e meio antes das eleições eu já havia dito que precisava de mais qualidade de vida, pensar mais em mim. Acho que Deus faz tudo como tem que ser. Eu jamais ia esperar o aparecimento desse câncer justamente na época da campanha eleitoral”, comenta.

Rose ainda conta que já pensou em se candidatar a prefeita, mas que tudo tem seu tempo. E não para por aí. A ex vereadora ainda manda recado, deixando esperança aos eleitores. “Acho que se não aconteceu talvez não era o momento, mas isso não se descarta. Eu também não concorri agora, estou um tempo fora, mas isso não quer dizer que eu não vou voltar. Pode acontecer. A política é muito dinâmica. Eu estou dando um tempo para a minha vida, cuidando da minha pessoa”, destaca.

A vereadora acredita que ganhou o prêmio por ter, através de seu trabalho, conseguido eleitores fieis. “Para a minha surpresa eu já me elegi na primeira vez que concorri. Durante três eleições eu fiz mais de mil votos. Acho que as pessoas acompanharam meu trabalho, confiaram em mim e continuaram votando.”, finaliza.

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