A França é a atual campeã e chega no Catar carregando na bagagem o favoritismo para levantar a taça novamente. Com uma geração talentosa, tem um elenco capaz de permitir a montagem de dois times fortes. O problema pode ser a “soberba” do grupo por achar que pode vencer seus jogos a qualquer momento, bastando imprimir seu ritmo com mais afinco. O Grupo D é relativamente fácil e os jogos servirão como um aquecimento para fase do mata-mata.
Kylian Mbappé, Karim Benzema e Paul Pogba, que não estará o Catar devido a uma lesão, comandam o time dentro de campo, mas na Euro-2020 eles amargaram a eliminação. Venciam a Suíça por 3 a 1 e tudo parecia resolvido até que os suíços empataram a partida e venceram nos pênaltis por 5 a 4. Mbappé perdeu a última cobrança. O treinador Didier Deschamps manteve a espinha dorsal que deu à França o segundo mundial na Rússia e aproveitou diversos jovens que surgiram nos últimos três anos com capacidade de manter o nível.
Já a disputa pela segunda vaga no grupo tem a Dinamarca com ligeira vantagem. O time vem evoluindo nos últimos anos. Na Copa da Rússia, chegou nas oitavas e caiu diante da Croácia na decisão por pênaltis.
Na Euro 2020, chegou na semifinal e caiu diante da Inglaterra em um pênalti polêmico. Kasper Schmeichel, Joakim Maehle e Kasper Dolberg são os principais jogadores. A Austrália sonha com a vaga e chegou à copa ao eliminar o Peru na Repescagem, mas somente na cobrança de pênaltis.
Tunísia não teve sorte
A Tunísia vem para sua segunda copa consecutiva. Antes de 2018 na Rússia, havia disputado a competição em 1978, 1998 e 2002. Na última, caiu em um grupo com Inglaterra e Bélgica e acabou perdendo os dois jogos e levou para casa a vitória sobre o Panamá. Neste, não teve sorte novamente no sorteio. O elenco para a Copa do Catar mudou muito. Nas Eliminatórias Africanas, o técnico Jalel Kadri “amarrou” o Mali e o empate sem gols foi suficiente para carimbar o passaporte. Na partida de ida, os tunisianos haviam vencido por 1 a 0. Na reformulação do elenco, Kadri, assim como seu antecessor, manteve a aposta em jogadores que atuam em clubes do Oriente Médio. A conquista da vaga para o torneio no Catar veio com apenas dois jogadores que atuam na Europa.
A tática de apostar em jogadores do Oriente Médio se revelou um sucesso na Copa Árabe do ano passado, disputada em dezembro no Catar. A Tunísia avançou até a final antes de perder para a Argélia por 2 a 0 na prorrogação. Antes disso, a seleção tunisiana havia jogado muito bem contra o Egito nas semifinais, contando com um gol contra nos últimos minutos para chegar na decisão.
Quatro confrontos
Dinamarca e Austrália se enfrentaram apenas quatro vezes na história. Os dinamarqueses venceram dois confrontos, perderam um e empataram o outro. Este empate foi no único jogo entre as equipes em uma Copa do Mundo, justamente a última. O placar terminou em 1 a 1.
Jogo do desempate
Tunísia e Austrália jogaram apenas duas vezes. A primeira partida foi um amistoso em 1997 e os tunisianos acabaram perdendo por 3 a 0 em casa. Já em 2005, em confronto pela Copa das Confederações, disputada na Alemanha, a Tunísia levou a melhor vencendo por 2 a 0. No Catar, os selecionados vão para o terceiro confronto da história.
Capitão exemplar
Simon Kjaer é o capitão da Dinamarca. Aos 33 anos, comanda o setor defensivo, mas não deixa de comparecer ao ataque para marcar seus gols. O jornal britânico The Guardian nomeou Kjaer seu “Futebolista de 2021”. Ele recebeu o Prêmio do Presidente da UEFA e terminou em 18º na votação da Bola de Ouro. O capitão da Dinamarca, na Euro 2020, na partida de estreia diante da Finlândia, apareceu como um grande líder ao socorrer o companheiro de equipe Christian Eriksen, que sofrera uma parada cardíacada. Kjaer correu para ajudar Eriksen, colocado ele na posição de recuperação, liberado as vias aéreas e iniciado a RCP naquela tarde terrível. Eriksen passou por longo tratamento e voltou a jogar.