O Encontro Intermunicipal de Corais, promovido pelo Coral Santo Antonio em Santos Reis, reuniu 13 grupos, além do anfitrião, na noite de sábado.
Integrante do grupo antiftrião desde a fundação, em 2008, o aposentado Cassildo Chassot, 74, afirma que atividades como essa são uma forma de motivar os grupos a continuar preservando suas tradições. “Sempre procuramos manter os costumes e preservar através dos ensaios e das apresentações.
Assim como recebemos muitos corais da região no nosso evento, nós também nos apresentamos em outros”.
Regente do coral mais antigo da região, Rubio Kleber ressalta a pouca presença dos jovens em corais, mas acredita que a tradição ainda se mantenha por muitos anos. “Quem está aqui é com amor. Ninguém tem a música como profissão. São pessoas que vêm por vontade de cantar”, frisa.
O grupo regido por Rubio, Sociedade de Canto Lyra, de Linha Pinheiro Machado, em Brochier, foi fundado em 1881 e, desde então, vem sendo passado de geração em geração. “Meu pai e meu avô faziam parte do coral. A gente não quer deixar a história se acabar”, observa. Além de se apresentar em eventos festivos, o coral tem a missão de estar presente em sepultamentos. “Quando falece algum integrante do coral, por exemplo, nós realizamos uma apresentação como homenagem”, explica Rubio.
Histórias cruzadas
O namoro de Fernanda Schmitz, 18, e Anderson Gerherd, 20, quase se confunde com a história do casal no coral Concórdia, de São Caetano, Arroio do Meio. Ela participa do grupo há dois anos e meio, ele, há um ano. Ela entrou pelo amor à música, ele, pelo amor à namorada. “Eu sempre ia junto nas apresentações. Ficava só assistindo, então resolvi entrar para o coral também”, diz o rapaz.
Quem incentivou Fernanda a começar a participar dos ensaios foi a mãe, que já fazia parte do grupo. “Minha mãe sempre cantou em coral e eu sempre gostei muito de cantar, então entrei no mesmo coral dela”, recorda a jovem. Segundo o casal, apesar de cansativo algumas vezes, os ensaios acabam sendo uma distração. “E uma forma de ficarmos juntos mais tempo”, riem. Ela estuda e ele, trabalha.
Sobre a presença de jovens em grupos de canto, eles avaliam de acordo com a região. “Tem lugares que somos só nós dois. Em outros, tem mais jovens. Mas ainda é pouco”, lamenta Fernanda.