Vitória realiza sonho, ganha troféu e já pensa nas próximas corridas

Superação. Estudante faz da cadeira de rodas um estímulo a mais para competir

Com um sorriso no rosto e muita disposição, Vitória Bender cruzou a linha de chegada da 4ª Poker Running Day, no último domingo. O momento foi único e especial não só para ela, mas também para todas as pessoas que ajudaram a tornar isso possível. O fato de ser cadeirante não impediu a jovem de realizar os seus sonhos, e mesmo debaixo de chuva, estava lá participando.

A estudante de 17 anos nasceu prematura, de cinco meses e meio, e sempre precisou do auxílio de uma cadeira de rodas para se locomover. Por resistência da mãe, Márcia Rodrigues de Souza, a menina só começou a usar com seis anos de idade. “Quando ganhei a primeira cadeira, fiquei feliz da vida, só saía dela para dormir”, conta Vitória, que aprendeu a se locomover com a ajuda da mãe.

A quarta edição da Poker Running Day foi a segunda prova de Vitória, que participou de outro evento com uma cadeira motorizada. “Foi muito legal, tomamos um banho de chuva. Me diverti, fui mais para isso do que para competir”, destaca. A estudante ficou em primeiro lugar na sua categoria, completando o percurso em 18 minutos e 28 segundos.

Vitória Bender, estudante de 17 anos, anda com o auxílio de uma cadeira de rodas desde pequena

No trajeto, Vitória teve ajuda do Personal Trainer da PA Runners, Guilherme Flôres, que a empurrou durante os 3 km. Para Guilherme, que incentivou a jovem a participar, a corrida foi muito divertida. “Ela é cheia de alegria, conversamos durante o percurso inteiro e ela estava adorando. O fato dela usar a corrida como geradora de sorrisos é demais. Esses momentos maravilhosos não têm preço”, aponta.

Vitória ainda conta que o personal a influencia a fazer parte de corridas. “Sempre que tem oportunidade, ele me incentiva a participar. Tu sente muito mais quando tem gente como o Gui motivando e fazendo acontecer”, explica.

A jovem ressalta que aprendeu muito com a experiência. “Descobri que posso fazer um monte de coisas, participar de esportes e não ficar parada só em casa ou na escola”, detalha. Além disso, ela ficou tão entretida no domingo que não notou nenhum obstáculo maior na prova. “Eu não vi, estava tão alegre, me diverti tanto que passou despercebido”, relata.

Para o futuro, ela diz que pretende participar de outras corridas. “Eu espero, pois é muito bom, muito legal. Mais para me divertir do que para ter o objetivo de ganhar”, planeja. Guilherme, que fez o percurso com ela, compartilha da ideia. “Pode saber que participaremos de mais corridas”, concorda. Para a mãe, Márcia, ver a filha participar da prova e completar o percurso foi muito gratificante. “Foi como se eu estivesse ali participando com ela. Ver ela correndo foi incrível”, comenta.

Vitória espera, agora, incentivar outras pessoas que precisam do auxílio de cadeiras de rodas para andar a participar de competições esportivas. “As pessoas não devem desistir dos sonhos delas. Tudo é possível, conseguimos com influência do Gui e do pessoal da PA, e tu te sente melhor ainda com as pessoas incentivando”, completa.

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