Vítima de acidente na BR-470 perdeu uma filha da mesma forma

Tragédia. Motorista de um caminhão, Luciano Rafael Batista, 35 anos, morreu após o veículo tombar na “Curva da Morte” em São José do Sul

O motorista de um caminhão morreu em acidente de trânsito no último sábado no quilômetro 269 da BR-470, em São José do Sul. O Ford Cargo carregado com frango vivo da JBS e placas de Roca Sales vinha no sentido interior/capital quando, por volta das 6h, tombou no trecho conhecido como “Curva da Morte”. O morador de Montenegro Luciano Rafael Batista, de 35 anos, faleceu no local, pois a cabine foi destruída ao colidir em uma árvore.

De acordo com um primo da vítima, Diones dos Santos, que foi até o local, Luciano Rafael dirigia caminhão há anos, mas estava há pouco mais de um mês na atual empresa. O carregamento foi realizado em São Pedro da Serra. Diones acredita que o condutor tenha dormido ao volante, devido a sua cansativa rotina diária. Também havia muita neblina no momento do acidente. No asfalto, as marcas dos pneus demonstram a tentativa falha de freada do veículo.

Luciano Batista

Luciano era casado com Taína de Almeida Batista há cerca de 15 anos e também deixa as filhas Mariele, 12 anos, e Maísa, 9. Essa não é a primeira vez que uma tragédia no trânsito abala a família. No dia 4 de outubro de 2013, o sogro de Luciano, Ladimir Pereira de Almeida e a filha Maiane de Almeida Batista, de apenas dois meses, morreram em um acidente.

Em reportagem publicada pelo Jornal Ibiá em janeiro de 2014, Luciano, morto no acidente de sábado, revelou que o sogro teve um mal súbito ao volante quando o Siena em que eles estavam invadiu a pista contrária e colidiu de frente com um Golf no quilômetro 4 da RSC-287. Naquela ocasião, a esposa de Ladimir, Tânia de Almeida, e a filha Taína, mãe do bebê, também estavam no carro e sofreram lesões graves, mas sobreviveram.

O irmão da vítima, Fabiano Batista, conta que ele gostava muito de dirigir e de trabalhar e, nas horas de folga, costumava jogar sinuca. Fabiano acrescenta que a vítima já havia sido motorista de caminhão plataforma, utilizado para o transporte de contêineres e de grandes cargas.

O corpo de Luciano foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Caxias do Sul. Ele foi velado na Capela da Funerária Forneck e Mattana, no bairro Cinco de Maio, e sepultado no Cemitério Municipal de Montenegro, no mesmo túmulo de sua filha.

Colaborou, Denis Machado

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