Vira-lata caramelo: mascote da Copa e dos brasileiros

O cachorro vira-lata caramelo é um símbolo do Brasil. Qualquer bairro, em qualquer cidade do país, tem um deles convivendo na vizinhança. Além da simpatia e fofura, o cachorrinho que virou meme nas redes sociais através de um filtro, agora também ganha reconhecimento no mundo: o cãozinho Pibe será o mascote brasileiro na Copa América 2020.

O nome foi escolhido através de votação popular, no mês passado, e a competição acontece entre 12 de junho e 12 de julho, na Colômbia e Argentina. A cor representa, na maioria das vezes, cachorros que vivem nas ruas. O tom caramelo é um dos mais comuns nesses ambientes. Entretanto, também há quem tenha escolhido um caramelo como melhor amigo, com direito a casa, comida e muito carinho.

Guri, o aventureiro
A família Petry tem um vira-lata caramelo “raiz”. É daqueles que escapa por qualquer cantinho para dar suas voltas, acompanha os donos por toda parte e gosta muito de aventuras. Paulo Augusto Vieira Petry, 22, um dos três filhos de Mariloy e Paulo Renato, conta como foi o encontro da família com o cãozinho.

A relação iniciou quando a rottweiler da família morreu. Então, cada integrante tinha um desejo diferente para o novo pet, até que a mãe decidiu o dilema adotando um cão na Amoga. Então chegou o Guri, que entre suas características tem a habilidade de fugir entre grades, sair de casa à tarde e só voltar à noite. Ele não sabe andar de coleira, o que torna os passeios com ele verdadeiras aventuras”. Paulo Augusto conta que já viveu muitas experiências com o cachorro, que adora segui-lo em viagens a cavalo, moto ou correr atrás da bicicleta.

Pense em um cachorro com peculariedades. Estar sempre doente é uma delas. “Não há remédio que trate ou veterinário”, afirma Petry. Ele também não come ração. Por outro lado, é o cachorro mais amado da vizinhança, o que já é de se esperar de um vira-lata caramelo. “Às vezes, estou longe e recebo mensagem da minha dinda: ‘o Guri passou aqui na frente da loja’”. Em meio a toda essa personalidade, Guri é especial para Petry. É um animal que ensina todos os dias a sua forma incondicional de amar a família. “De matar a saudade por morarmos longe (os três filhos) e por sempre tentar fugir, mas deixando a certeza de que nem que seja às 3h da manhã, vai voltar”, finaliza.

Liza e Meguie são como filhas
Quando a técnica em Contabilidade Luana Conrad Augustin tinha seis anos, uma cadela deu à luz filhotinhos na escola Promorar. “Eu sempre amei cães, então fiquei com uma cadela dessa cria”, recorda. A Tchuca, que faleceu há três anos, deixou duas filhas para Luana: Liza e Meguie. Uma é totalmente vira-lata, e a outra tem cruza com a raça poodle.

“Elas são muito espertas e aprendem bem rápido. Estão sempre faceiras e, o mais importante, são bem carinhosas”, conta. As irmãs, que amam carinho, são do estilo que “lambem e se jogam nos nossos pés”. Para Luana, elas são seres sensacionais. “Conseguem detectar quando você está triste e vêm para perto e te fazem sorrir ou só ficam ali para te ouvir”, explica. Além disso, ela define o significado de ter Liza e Meguie na sua vida. “São tudo para mim. Eu ainda não tenho filhos, mas chamo elas de filhas. São um pedacinho de mim”, finaliza.

Companheira e carinhosa
O repórter do Jornal Ibiá, André Rafael Herzer, também escolheu uma vira-lata para chamar de sua. Moa é a representação do companheirismo e é muito carismática. Entretanto, o início da sua vida não foi muito legal. Moa é uma das filhotes de uma cachorra que foi abandonada no interior da cidade de Feliz, onde mora parte da família do jornalista. “Quando combinei de buscar ela para adoção, havia outras duas irmãs. Elas logo ficaram ao nosso redor, mas a Moa fugiu pra baixo do carro da família que estava cuidando dela e eu fui lá pegar pra ver. Era uma bolinha de pelo meio envergonhada, mas gostei dela. Enfim, levamos ela pra casa”, conta.

A filhotinha abandonada, que agora é uma linda cadela, completa seis anos em 2020 e perdeu a vergonha. “É bem dengosa, se estamos sentados num lugar a que ela tenha acesso, ela bota a pata na nossa perna ou, se conseguir, esfrega a cabeça na nossa mão, pedindo carinho”, conta Herzer. Nos finais de semana, hora de viver mais aventuras, quando a família vai passar um tempo no sítio, na Feliz. “Lá ela faz de tudo. Corre, entra no açude, até já se embrenhou no mato atrás de um ratão do banhado”, revela o jornalista.

Além disso, Moa está sempre do lado da família. “Às vezes, quando lia algum livro no pátio, ela ficava junto, tentando subir no meu colo ou deitada do meu lado”, conta Herzer. Comer frutas também é um momento de festa pra Moa. “Muitas vezes vou até o pátio e divido com ela. Vai de tudo: banana, bergamota, uva, pedaço de maçã, moranguinho, melancia, laranja…”. Quando vê alguma porta da casa aberta, ela entra de fininho para procurar alguém e ganhar o que ela mais gosta e merece: carinho.

Querendo adotar um pet?
A página do Facebook da Amoga e dos Cachorreiros e Gateiros de Montenegro têm muitos animais para adoção, procurando uma família responsável. Entre eles, a Chucha, que é uma perfeita vira-lata caramelo adulta jovem, muito dócil e companheira. Mais informações podem ser obtidas pelo número (51) 995961622.

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