Veloterra voltou para Montenegro bastante competitivo

Adrenalina. Mac recebeu campeonato estadual para os grandes e os pequenos

Um total de 167 pilotos em 19 categorias disputou domingo, dia 9, a 5º etapa do Campeonato Pirelli de Veloterra. O evento em Montenegro foi importante à região porque marcou a reabertura da pista do Mac (Montenegro Automóvel Clube), na Costa da Serra, que estava parada há cerca de oito meses. Outro motivo de euforia foi o desempenho dos esportistas locais, que conquistaram vitórias e firmaram lideranças.

Gustavo Wening teve três bons resultados, merecendo o apoio do pai Marcelo

Inclusive, a pista foi elogiada por André Tramontini da Costa, organizador da competição através de sua agência André Produções. Todavia, a 5º etapa trará dores aos competidores quando se lembrarem deste domingo. Isso porque a chuva que caiu na véspera deixou o traçado pesado. “Está cheia de buracos e ‘canaletas’. Está pesada! Chegam a doer os braços”, descreveu o montenegrino Alex Alarcon Júnior.

Nada que impedisse de vencer nas quatro categorias que lidera com 125 pontos: VX 1 Força Livre Importada, Quatro Tempos, Força Livre Nacional e Intermediária VX1. Mostrando os antebraços inchaços, descrevia valas atravessando a pista, além de o barro molhado ter ficado macio, deixado a pilotagem dura, firmando a frente e fazendo a traseira da moto sair de lado.

Quedas são normais, e cabe ao adversário ter habilidade para evitar a colisão

E é importante entender que Alarcon não estava se queixando. O montenegrino apenas descreveu as caraterísticas da pista, sendo que o esporte significa justamente superar esses obstáculos naturais. Inclusive, elogiou a pista do Mac. “A gente pega pista pior. Principalmente no brasileiro”, resumiu.

Outro filho da terra que se saiu bem foi Gustavo Wening, que chegou em primeiro na categoria 230cc Pró. O montenegrino alcançou ainda a segunda colocação na Nacional 4 Tempos e na Nacional Força Livre. “Agora é focar que tem o Gaúcho em Erval Grande no final de semana”, comentou.

Com barro acumulando no rosto, o jeito foi levar os óculos no braço

A volta dos eventos na pista do Mac
Esta foi a segunda etapa da Pirelli de Veloterra disputada no Vale do Caí. A primeira foi no dia 2 em Pareci Novo. Agora o evento viaja, com a 6ª etapa em Marques de Souza. Todavia, o retorno à região não está descartado. “Agora só no final do ano, talvez, se as prefeituras quiserem”, observou Tramontini. Este retorno a Montenegro foi possível graças ao empenho de voluntários do Mac, que reagruparam forças para reabrir a pista após quase dois anos sem eventos deste nível.

Houve uma verdadeira debandada da diretoria antiga, da qual sobraram somente os membros Ricardo Rocha e Lutero Datsch, o “Kiti”, quese viram obrigados a assumir os cargos de presidente e de vice, respectivamente. Faltaram ainda patrocínios privados e apoio público, embora Kiti ressalte a parceira da Prefeitura de Montenegro que neste domingo cedeu uma ambulância.

Esforço da pista molhada e macia levou os pilotos a exaustão

“A gente conseguiu fazer (o evento) graças ao André”, assinalou Kiti, sem esquecer da gratidão aos que atenderam o chamado do Mac, ajudando de alguma forma no trabalho estrutural e operacional na pista. Isso colocou fim aos oito meses sem absolutamente na sede da entidade, permitindo agora sonharem com o retorno das competições próprias do Montenegro Automóvel Clube.

 

Futuro do esporte na cidade esteve na pista
A garra e a técnica de Alarcon e Wening são inspiração as gerações que estão chegando ao motociclismo. A Pirelli de Veloterra tem categorias 50 e 65 cilindradas, onde as “motinhos” parecem brinquedos. Mas na hora que o gate desce, dando a largada, não é brincadeira não. Que diga a montenegrina Monique da Silva, 9 anos, única menina correndo contra meninos.

Nada que assustasse a líder da categoria 50cc B em quatro competições estaduais de Motocross e Veloterra. O segundo lugar deste domingo garantiu o primeiro na geral da Pirelli de Veloterra, todavia deixou a piloto frustrada. Isso porque o motor lhe deixou na mão, e Monique teve que levar no braço, dando punho até fundir a máquina. Depois recebeu apoio de seu inspirador, o pai – e piloto – Márcio da Silva.

Outro montenegrino que tem barro das pistas de Veloterra no sangue é Bernardo Esswein, 9, que na etapa de Montenegro estreou no esporte. Seu pai é o piloto Leandro Esswein, que explicou que o menino não teve base na 50cc; apenas treinou e, devido à idade, entrou direto na categoria acima. “Um pouco nervoso”, balbuciou Bernardo através do capacete, antes da corrida.

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