Copa do Mundo. Anfitriã Rússia abre a competição diante da Arábia Saudita. Seleção Brasileira estreia domingo
Tudo pronto para a maior competição de futebol do mundo. A partir desta quinta-feira, os olhares dos apaixonados pelo esporte mais popular do planeta estarão na Rússia, onde acontece a Copa do Mundo de 2018. Cabeça de chave do grupo A, a anfitriã do torneio faz o jogo de abertura ao meio-dia, diante da Arábia Saudita. Cercada de muita expectativa, a Seleção Brasileira faz sua estreia neste domingo, contra a Suíça, às 15h.
A vigésima primeira edição do Mundial inicia hoje e vai até o dia 15 de julho, quando será disputada a grande final, em Moscou, capital russa. O Brasil, único país a participar de todas as copas, é também o maior campeão, com cinco conquistas. O último título foi em 2002. Atual campeã, a Alemanha vem logo atrás, com quatro mundiais, e pode empatar com o Brasil se levantar a taça na Rússia. Com o mesmo número de conquistas dos alemães, a Itália é a grande ausência desta Copa.
Contrastando com a experiência das maiores campeãs, Islândia e Panamá vão para sua primeira Copa do Mundo. Outras três seleções voltam ao torneio após longos anos ausentes. O Peru, comandado pelo artilheiro Paolo Guerrero, disputa o Mundial depois de 36 anos afastado. Liderado pelo craque Mohamed Salah, o Egito volta à Copa após 28 anos. Já Marrocos, menos badalado que as últimas duas seleções citadas, retorna ao torneio depois de duas décadas.
Por outro lado, países bem tradicionais vão acompanhar o Mundial da televisão. Além da tetracampeã Itália, a Holanda, que disputou a final da Copa em 2010 e as semifinais em 2014, também não se qualificou para a competição deste ano. O Chile, adversário do Brasil nos últimos dois mundiais, é outro país ausente na Rússia. Os Estados Unidos, presentes nas últimas sete edições do torneio, também ficaram de fora em 2018.
Ao todo, 12 estádios, em 11 cidades diferentes, vão receber as partidas do torneio. São 32 países participantes, 736 jogadores inscritos, e todos sonham em fazer história na Rússia. Se as seleções mais poderosas buscam a conquista do título, as equipes do segundo escalão querem chegar o mais longe possível na competição. Já os “azarões” tentam surpreender as favoritas e entrar para a história dos mundiais.
GRUPO A
Rússia: anfitriã da Copa do Mundo pela primeira vez, a Rússia conta com o apoio da torcida para avançar às oitavas de final. Os donos da casa não vivem um bom momento e não possuem um grande craque. O experiente goleiro Igor Akinfeev é o capitão da equipe e esperança da população russa para levar o país à segunda fase.
Arábia Saudita: grande azarão do grupo A. De volta ao mundial após 12 anos, os sauditas farão a estreia da Copa contra a Rússia, e aposta na posse de bola e na força defensiva para passar de fase. O destaque é o atacante Al Muwallad, artilheiro das eliminatórias asiáticas com 16 gols marcados.
Egito: o país conta com o principal jogador africano da atualidade. Um dos maiores artilheiros da Europa nesta temporada, Mohamed Salah, atacante do Liverpool, é a grande aposta dos egípcios para chegar às oitavas de final do Mundial. A seleção deve brigar com a Rússia pela segunda vaga do grupo.
Uruguai: detentor de dois títulos mundiais, o Uruguai é o grande favorito do grupo, não só pela tradição em Copas, mas também pela qualidade dos seus jogadores. Os artilheiros Luis Suárez e Cavani têm a missão de comandar a seleção uruguaia na Copa da Rússia. Nas eliminatórias, a Celeste Olímpica ficou atrás apenas do Brasil.
GRUPO B
Portugal: com o melhor jogador do mundo em seu elenco, Portugal chega confiante para a Copa. A seleção conquistou o título da Eurocopa em 2016 e vem de bons resultados nas eliminatórias. No entanto, deve depender do brilho de Cristiano Ronaldo para chegar longe na Rússia.
Espanha: campeã mundial em 2010, a “fúria” vive um momento conturbado às vésperas da Copa do Mundo. Nesta quarta-feira, Julen Lopetegui foi demitido do comando técnico, e Fernando Hierro assumiu o cargo a dois da estreia, contra Portugal. Apesar disso, tem um elenco de muita qualidade, comandado por Iniesta, e deve brigar pelo título.
Marrocos: de volta ao Mundial após 20 anos, a seleção marroquina levou azar no sorteio. Dificilmente terá chances em um grupo com Espanha e Portugal, mas aposta na força da defesa para surpreender os favoritos da chave. O zagueiro Benatia, que atua na Juventus, é o principal jogador de Marrocos.
Irã: assim como a seleção marroquina, o Irã não deve passar da fase de grupos. Nas eliminatórias asiáticas, mostrou ser a equipe mais forte do continente e chegou a ficar 12 jogos sem sofrer gol. O atacante Sardan Azmoun é o grande destaque, com 23 gols em 31 partidas pela seleção.
GRUPO C
França: chega ao Mundial cercada de muitas expectativas. Do meio para a frente, tem nomes de muita qualidade, como Pogba, Griezmann, Mbappé e Dembélé, mas deixa a desejar na defesa. Duas décadas após conquistar sua primeira Copa, tem potencial de sobra para brigar pelo bicampeonato.
Austrália: a seleção teve muitas dificuldades para garantir vaga na Copa da Rússia. O experiente Tim Cahill e o volante Aaron Mooy são os principais atletas australianos, mas dificilmente evitarão uma eliminação na fase de grupos do torneio. É favorita a terminar na lanterna do grupo.
Peru: o país comemorou muito seu retorno à Copa após 36 anos. Agora, a seleção peruana quer cravar seu nome na história fazendo uma boa campanha na Rússia. Bem conhecidos pelos brasileiros, o meia Cueva e o atacante Paolo Guerrero são os principais nomes do Peru, que sonha com uma vaga nas oitavas de final.
Dinamarca: deve brigar com a seleção peruana pela segunda vaga do grupo. A equipe vem em ascensão, muito por conta da ótima fase do meio-campista Eriksen, que atua no Tottenham-ING. Longe dos holofotes, os dinamarqueses são os principais candidatos a grande surpresa da Copa de 2018.
GRUPO D
Argentina: com um ataque poderoso, os “hermanos” buscam ajustar o sistema defensivo durante a Copa do Mundo para brigar pelo título. O grupo não é dos mais fáceis, mas a Argentina deve garantir a primeira colocação. Entretanto, nos matas o craque Lionel Messi terá que contar com a ajuda dos companheiros para levar sua seleção à final mais uma vez.
Croácia: adversária do Brasil na abertura da última Copa e também no penúltimo amistoso da Seleção Brasileira antes do Mundial deste ano, a Croácia não comprova em campo a qualidade dos seus jogadores, principalmente no meio-campo. Porém, se Modric estiver inspirado na Rússia, os croatas devem passar de fase.
Islândia: uma das estreantes deste ano, a Islândia vive momentos de glória. O minúsculo país europeu (330 mil habitantes) ganhou a admiração de todos durante a Eurocopa em 2016 e chega como “queridinha” da torcida no Mundial. O meia Gilfy Sigurdsson é a referência técnica islandesa.
Nigéria: sem sofrer nas eliminatórias africanas, a Nigéria aposta na experiência do grupo para tentar chegar nos matas da Copa do Mundo. Dos 23 jogadores convocados, 16 atuam na Europa. O principal nome do país no Mundial é polivalente Victor Moses, que joga pelo lado direito como atacante, meia e lateral.
GRUPO E
Brasil: a nossa seleção chega embalada e motivada para o Mundial. Sólido na defesa e letal no ataque, o Brasil recuperou o protagonismo com a chegada do técnico Tite e agora quer confirmar o favoritismo na Copa. O atacante Neymar é a grande esperança dos brasileiros para conquistar o hexa na Rússia.
Suíça: conhecida pela força defensiva, a seleção suíça é a primeira adversária do Brasil na Copa e principal candidata a ficar com a segunda vaga do grupo E. A Suíça ocupa a sexta posição no ranking da Fifa e tem como principal destaque individual o meio-campista Shaqiri, que joga no Stoke City-ING.
Costa Rica: depois de fazer uma grande campanha na Copa do Mundo em 2014, quando ficou na primeira colocação em um grupo com Inglaterra, Itália e Uruguai, a seleção costarriquenha quer repetir o feito neste ano, já que chega novamente como um “azarão”. O goleiro Keylor Navas, do Real Madrid, é o grande ídolo da Costa Rica.
Sérvia: foi bem nas eliminatórias europeias, garantindo vaga no Mundial como líder do seu grupo. Porém, internamente o momento dos sérvios não é dos melhores, e uma classificação para as oitavas de final será considerada uma surpresa. O melhor jogador do país é o volante Nemanja Matic, do Manchester United.
GRUPO F
Alemanha: atual campeã mundial, a seleção alemã é uma das grandes favoritas ao título novamente. Com o elenco renovado e o técnico Joachim Löw mantido no cargo, a Alemanha tem tudo para chegar nas fases decisivas do torneio. O meia-atacante Thomas Müller vai para sua terceira Copa e busca se tornar o maior goleador dos mundiais. O jogador já possui 10.
México: com um grupo extremamente experiente, o México quer uma vaga nos matas da Copa do Mundo. Para isso, aposta no faro de gols do centroavante Chicharito Hernández, principal nome do país. Aos 30 anos, o jogador não vive boa fase, mas segue sendo perigoso dentro da área.
Suécia: mesmo sem o craque Ibrahimovic, os suecos desbancaram Holanda e Itália nas eliminatórias e chegam com moral no Mundial. A Suécia deve brigar pela segunda vaga do grupo com o México, mas não pode vacilar contra a frágil Coréia do Sul. Sem Ibra, a referência técnica da seleção sueca é o meia Forsberg.
Coréia do Sul: a fraca campanha nas eliminatórias asiáticas e os maus resultados nos amistosos recentes fazem da Coréia do Sul uma zebra na Rússia. A seleção depende muito do meio-campista Heung-Min Son, que atua no Tottenham. Contudo, o jogador não deve fazer milagre na Copa.
GRUPO G
Bélgica: invicta há quase dois anos, a promissora geração belga tem mais uma oportunidade de provar seu potencial. A equipe garantiu vaga na Copa com facilidade nas eliminatórias, mas corre por fora na briga pelo título mundial. Os craques De Bruyne e Hazard devem dar trabalho na Rússia.
Panamá: depois de uma classificação heroica nas eliminatórias, a seleção panamenha chega como zebra para sua primeira Copa do Mundo. O grupo é dificílimo, e uma vitória já é considerada um grande feito no país. O experiente Román Torres, 32 anos, é o melhor jogador do Panamá.
Tunísia: a seleção africana tem mais qualidade que o Panamá, mas a missão no grupo G é ingrata. Para garantir uma improvável classificação para a segunda fase, precisa tirar pontos de Inglaterra ou Bélgica. O nome de maior destaque da Tunísia é o atacante Wahbi Khazri.
Inglaterra: se falta experiência, sobra qualidade na nova geração inglesa. A seleção fez grande campanha nas eliminatórias e pode incomodar as favoritas no Mundial. Destaques do Tottenham, Dele Alli e Harry Kane são as grandes esperanças dos ingleses para a Copa do Mundo.
GRUPO H
Polônia: cabeça de chave do grupo mais equilibrado da Copa, a seleção polonesa aposta no craque Robert Lewandowski para chegar longe no torneio. A Polônia ocupa a oitava posição no ranking da Fifa, fez campanha de destaque nas eliminatórias e deve brigar pela liderança do grupo com a Colômbia.
Senegal: com apenas uma derrota nos últimos 18 meses, a seleção senegalesa promete incomodar no grupo H. O país retorna ao Mundial após 16 anos e aposta no veloz Sadio Mané, atacante do Liverpool, para surpreender os favoritos do grupo e avançar às oitavas de final.
Colômbia: eliminada pelo Brasil nas quartas de final da Copa de 2014, a seleção colombiana manteve a base para tentar repetir a boa campanha neste ano. O grupo não é tão complicado, mas a equipe precisa confirmar o favoritismo diante de Senegal e Japão para disputar a liderança com a Polônia. O meia James Rodríguez é o craque da Colômbia.
Japão: presença frequente nas últimas Copas, a seleção nipônica não costuma incomodar. Mesmo que o grupo seja equilibrado nesta edição, não deve passar da primeira fase. A principal estrela japonesa é o meia Kagawa, que atua no Borussia Dortmund, da Alemanha.
JOGO DE HOJE (ABERTURA) – 12h
Como chegam as seleções para a Copa
Favoritos: Brasil, Alemanha, Espanha e França
Correm por fora na briga pelo título: Argentina, Portugal, Bélgica e Inglaterra
Podem surpreender: Uruguai, Colômbia, Suíça, Croácia, Dinamarca e Polônia
Buscam chegar aos matas: Rússia, Egito, Peru, Islândia, México, Suécia e Senegal
Azarões: Arábia Saudita, Marrocos, Irã, Austrália, Nigéria, Costa Rica, Sérvia, Coréia do Sul, Panamá, Tunísia e Japão