A campanha nacional de vacinação contra a poliomielite e o sarampo ocorre de 6 a 31 de agosto. As vacinas serão destinadas para crianças entre 1 ano completo e menores de 5 anos de idade, parcela que no Rio Grande do Sul representam 528 mil crianças.
A meta é alcançar, ao menos, 95% delas, independente se a caderneta de vacinação estiver em dia ou não. O secretário Francisco Paz salientou na oportunidade o declínio que as coberturas vacinais no país e Estado vem apresentando nos últimos anos.
Esse movimento de desinteresse tem como fatores a não ocorrência recente de algumas doenças no Brasil, assim como notícias falsas e campanhas mal informadas. “Mas, como ainda são doenças que circulam em outros países, essa baixa cobertura das vacinas nos deixam suscetíveis a reentrada desses vírus”, completou.
O sarampo, por exemplo, não era registrado no Brasil desde 2015. Neste ano, retornou causando mortes no Norte do país. No estado, já foram confirmados sete casos importados de pessoas com viagem à Europa e Amazonas. A pólio, também chamada de paralisia infantil, está erradicada desde 1994. O último caso registrado no RS foi em 1983.
A vacina tríplice viral – que protege contra o sarampo, caxumba e rubéola – teve cobertura de 90,5% da primeira dose (aos 12 meses de idade) em 2016 e 78% em 2017. A segunda dose – dada com a tetraviral (que inclui ainda a varicela) aos 15 meses de idade – registrou cobertura de 87% em 2016 e 58,7% ano passado. A vacina da pólio também apresentou cobertura abaixo de 90% nos últimos três anos: 89% em 2015, 84% em 2016 e 81% ano passado.