Pelotas está entre as quatro novas cidades brasileiras que receberão centros de pesquisa da vacina Coronavac, desenvolvida Sinovac Life Science. O anúncio foi feito na sexta-feira, dia 25, pelo diretor do Instituto Butantan, Dimas Tadeu Covas, e o governador de São Paulo, João Doria. Com isso, a quantidade de voluntários do estudo coordenado pelo Butantan será ampliada de 9 para 13 mil voluntários.
O Instituto Butantan recebeu a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a inclusão de mais voluntários na terceira e última fase de estudos clínicos que estão testando a Coronavac no Brasil. A ampliação também foi aprovada pelo Conselho Nacional de Ética em Pesquisa (Conep). Desta forma, os ensaios clínicos passam a acontecer em 16 centros espalhados em 7 estados brasileiros e no Distrito Federal. No Rio Grande do Sul, além dos testes anunciados em Pelotas, também estão sendo realizados testes em Porto Alegre.
Podem se voluntariar para participar do estudo profissionais da saúde que estejam trabalhando no atendimento a pacientes com Covid-19. A diferença é que agora não será feita triagem para verificação de infecção prévia pelo coronavírus. Até então, os estudos não permitiam a participação de voluntários com mais de 60 anos. Agora, este grupo de pessoas pode se candidatar. Já as mulheres não podem estar grávidas ou estarem planejando uma gravidez nos próximos três meses. Outra restrição é não apresentar doenças instáveis ou que precisem de medicações que alterem a resposta imune.
Caso a vacina seja aprovada, a Sinovac e o Butantan vão firmar acordo de transferência de tecnologia para produção em escala industrial tanto na China quanto no Brasil para fornecimento gratuito ao Sistema Único de Saúde (SUS). Os passos seguintes serão o registro do imunizante pela Anvisa e fornecimento em todo o Brasil. “A união da experiência do Butantan na produção de imunobiológicos aos esforços da Sinovac permitirá que logo o país tenha uma vacina efetiva e segura contra a COVID-19, protegendo as pessoas e salvando milhares de vidas”, afirmou Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan.