Foi preciso união e muito trabalho para trazer de volta o Rodeio Crioulo ao Parque Centenário. Eventos do tipo não ocorriam no complexo desde 2016; e há muito mais tempo não eram o sucesso verificado neste final de semana. Organizado pelo Piquete de Laçadores Laço da Amizade e pela Comissão Pró Tradicionalista, a atividade iniciou oficialmente na sexta-feira, 13 e foi até domingo, 15, com números expressivos.
A organização comemora mais de 170 competidores em seis modalidades de competição do rodeio. Foram doze atrações musicais, mais de R$ 31 mil em prêmios, centenas de pessoas no acampamento e milhares de visitantes. Contando com o apoio de mais de 40 apoiadores e patrocinadores, a organização deu uma mostra de que o tradicionalismo continua vivo – e muito vivo – em Montenegro.
“Não morreu e nunca vai morrer”, declara o patrão do Laço da Amizade, Fábio Leite da Rosa. “A gente só estava meio parado porque não havia uma união. Agora não vai parar mais. Pretendemos buscar cada vez mais gente para nunca deixar parar.”
A semente para o evento foi plantada há seis meses, quando o piquete se juntou a um grupo de simpatizantes para formar a Comissão Pró Tradicionalista. Foram eles que protestaram no Desfile Farroupilha, no 20 de setembro, fazendo o trajeto a pé e com faixas que pediam mais espaço e mais apoio ao tradicionalismo em Montenegro.
“Desfilamos com nossas crianças, nossas famílias, para chamar atenção das autoridades e para que a gente tivesse a oportunidade de ter o Parque Centenário de volta”, lembra Edival Lopes de Oliveira, hoje presidente da Comissão. “É um parque que já foi palco de festas grandes, com público enorme, e que estava esquecido na nossa cidade.”
Na avaliação de Oliveira, os tradicionalistas do Município haviam se acomodado à situação. O Parque estava com problemas estruturais e ainda demandava o Alvará dos Bombeiros, o que precisou ser encaminhado. “A gente veio com sangue novo, com força total para que a gente conseguisse mostrar para Montenegro que é possível renovar a tradição e fazer com que as coisas acontecessem”, destaca o tradicionalista. Foram cerca de 50 dias de trabalho para deixar tudo em dia e realizar o evento. A Prefeitura participou como apoiadora.