O coordenador do Gaeco Região Metropolitana, Reginaldo Freitas da Silva, definiu a situação em Montenegro como “uma verdadeira organização criminosa dentro do município, visando única e exclusivamente o benefício pessoal dessas empresas, no sentido de conquistar essas licitações para que pudessem realizar essas obras públicas.”
Segundo foi apurado, essas licitações tinham um destinatário certo e quem tentasse impedir a ocorrência de fraudes, seria retirado da administração municipal.
As fraudes foram constatadas em obras públicas, recapeamento asfáltico e teria avançado sobre outros serviços, como transporte escolar e coleta de lixo. Segundo o coordenador do Gaeco, os documentos apreendidos hoje serão analisados e serão ouvidas testemunhas.
As investigações vinham ocorrendo sob sigilo há alguns meses. O início das investigações foi há mais de um ano, segundo a promotora de Justiça de Montenegro, Carmen Lúcia. “Começaram a surtir as informações acerca dessas possíveis irregularidades na administração pública, com relação a esses fatos especificamente, no final de 2015”, diz.
Fraudes somam mais de R$ 20 milhões, segundo investigações
Somente no transporte escolar, o coordenador do Núcleo de Inteligência do Ministério Público (Nimp), Diego Rosito Vilas, informou que se estima um superfaturamento de R$1 milhão. “Não são fraudes pequenas. Envolvem empresários que, com o auxílio de funcionários públicos, drenam, ilegalmente, os cofres públicos”.
O objetivo da Operação Ibiaçá, deflagrada hoje, é aprofundar as investigações a respeito das fraudes nas licitações.
Confira a coletiva, na íntegra: