Uma inspiradora história de superação sobre patins

Patinação. Iolenize Krein, de 61 anos, realiza um sonho em Pareci Novo, incentivada pela neta de apenas 12 anos

O esporte proporciona inúmeras histórias de superação e situações emocionantes, mas a de hoje é especial. Ser atleta demanda foco, preparação, motivação e, muitas vezes, persistência. No entanto, ser atleta na terceira idade é paixão. Aos 61 anos, Iolenize Krein, de Pareci Novo, realiza um sonho ao lado da neta, dando os primeiros passos na patinação artística.

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Ela entrou no grupo há cinco semanas e vem provando que não há idade para praticar esporte

Desde o dia 26 de julho, Iolenize vem provando que não há idade para praticar esporte e aproveita as aulas no ginásio municipal Armin Adolfo Heldt para renovar alguns aspectos que, segundo ela, estavam sendo perdidos devido à idade. “Noto que preciso procurar mais a concentração e o equilíbrio e tenho usado isso no dia a dia. A partir de certa idade, tu vais perdendo esses aspectos e as aulas estão me ajudando a reforçá-los”, afirma.

Antes de ingressar no grupo Cia de Patinação Artística Gyru’s, Iolenize levava sua neta Joana Krein da Motta, 12 anos, para as aulas. De fora, ela acompanhava os movimentos das alunas e se encantava cada dia mais com a modalidade. O professor do grupo, Fernando Pohl, insistia para Iolenize participar das atividades, assim como a pequena Joana. No final de julho, depois de muito incentivo, a atleta de 61 anos calçou os patins e se juntou à turma.

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Iolenize Krein realiza um sonho ao dar os primeiros passos na patinação artística

A primeira aula foi um grande desafio para ela e nem poderia ser diferente. “Eu vinha ao ginásio para trazer a neta e eles me incentivaram bastante. Nunca imaginei que poderia fazer isso com essa idade, por isso tem que ter persistência. Se quer, tem que persistir. Quando coloquei os patins pela primeira vez, pensei que nunca ia conseguir. Na primeira aula, tentava ficar de pé. Agora, estou bem mais tranquila”, ressalta.

Após cinco semanas, Iolenize está cada vez mais adaptada à patinação, esporte que via pela televisão e agora pode realizar o sonho de praticar. “Olhava na TV, era lindo. Agora que tem aqui em Pareci, vim participar. O professor me ajuda bastante, tem muita paciência. Nessa idade, temos muito medo. Além disso, estou na patinação para mostrar para as pessoas que, se eu posso, elas também podem. A gente acha que não consegue, ainda mais vendo as meninas. É divino, maravilhoso. Aos poucos, vou conseguindo fazer os movimentos”, garante.

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Professor Fernando Pohl foi um dos principais incentivadores de Iolenize

A pareciense sempre gostou de fazer atividades físicas e projeta participar de competições de patinação em um ano. “Sempre fiz academia, adoro todos os esportes. Joguei na seleção de voleibol de Montenegro quando mais nova. Pratiquei handebol e bolão também, até o final do ano passado, no Clube do Comércio. É uma vontade participar de campeonatos, mas preciso de pelo menos um ano para me preparar bem”, diz.

O papel fundamental da neta e do professor

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JOANA está muito contente por ter a avó por perto nas aulas

Joana Krein da Motta e Fernando Pohl foram determinantes para o ingresso de Iolenize no grupo Cia de Patinação Artística Gyru’s. O incentivo se transformou em aprendizado com a chegada da nova atleta à turma. “Começou por uma brincadeira. E é muito gratificante para mim, é a aluna mais experiente que tenho. Muitas lições de vida todas as quintas-feiras. A Iolenize é uma guerreira, tem muita força de vontade. Nunca vi uma mulher tão focada na minha vida. Ela é decidida”, enaltece o professor.

Há um ano no grupo, a neta Joana também tem realizado um sonho com a participação da avó nas aulas. “Queria ter ela perto de mim, fazendo junto comigo o que gosto também. Eu sempre quis fazer patinação. Primeiro tinha vontade de fazer no gelo, porém não tinha. Quando as colegas falaram que abriu uma turma de patinação artística aqui, comecei a participar das aulas e insisti para minha avó fazer também”, destaca.

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