Um dos participantes do resgate de Cafuringa vai ao semiaberto

Fernando Toledo Bastos, o Nando, ajudou na operação de fuga que resultou na morte do agente penitenciário Jair Fiorin, em 2005, na Modulada

O assaltante Fernando Toledo Bastos, conhecido como Nando, progrediu para o regime semiaberto. Nando foi um dos condenados, em 2013, pela emboscada que resultou no resgate de Enivaldo Farias, conhecido como Cafuringa. A operação realizada pela quadrilha na Penitenciária Modulada de Montenegro, em 2005, resultou na morte do agente penitenciário Jair Fiorin.

Conforme o Tribunal de Justiça, Nando foi condenado a 44 anos de prisão por homicídio, latrocínio e porte de arma. Ele ainda precisa cumprir 23 anos, 11 meses e cinco dias de pena.

Desde o dia 14 de novembro ele cumpre pena no semiaberto, no Instituto Penal de Charqueadas. A informação foi confirmada pela Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe). Os motivos para a progressão de regime não foram informados.

Emboscada resultou na morte do agente Jair Fiorin

jair Fiorin foi morto durante emboscada que resgatou Cafuringa

Em 16 de janeiro de 2005, dois presos da Modulada simularam uma briga e se cortaram. Foi armada uma escolta para levá-los ao Hospital Montenegro. Um deles era Cafuringa, um dos maiores assaltantes de banco do país, e líder da quadrilha que Nando pertence. O outro, Milton Alexandre Finotti, o Canhoto.

No caminho, houve uma emboscada à viatura da Susepe. Houve troca de tiros e os presos foram libertados. Ferido no tiroteio, o agente Jair Fiorin não resistiu e morreu. Segundo a acusação da promotoria, Fiorin foi o único executado de forma premeditada, pois era o responsável da escolta pela única arma longa, a calibre 12. Esse agente tem lugar fixo dentro da viatura e por isso ocorreu a investida direto neste ponto da van. A Penitenciária de Pesqueiro foi batizada com seu nome em homenagem ao agente.

Pelo resgate de Cafuringa da Penitenciária Modulada de Montenegro e morte do agente Jair Fiorin, Nando recebeu a condenação de 14 anos e 10 meses. O julgamento ocorreu em 2013, na Comarca de Montenegro e o tribunal foi presidido pelo juiz André Luís de Aguiar Tesheiner, da Vara Criminal.

Toda a investigação quanto aos participantes no resgate, assim como a recaptura do Cafuringa, correu pelo setor de investigação da 1° DP de Montenegro, com apoio do Deic. O criminoso foi recapturado em Ribeirão Preto, SP, quando planejava outro assalto a banco.

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