Os funcionários da Indústria de Calçados Marcel Ronnel estão recebendo o último saldo do crédito disponível da Massa Falida. Os pagamentos estão sendo realizados pelo síndico nomeado Marcos Griebeler, no escritório Griebeler Advogados. Quem constituiu advogado próprio deve procurar o escritório do contratado, pois a Griebeler está repassando o cheque. Aqueles que não puderam se representar desta forma devem sacar a indenização na Griebeler.
É necessário levar apenas Carteira de Identidade ou de Trabalho, pois os 800 ex-funcionários estão listados. O valor a receber depende do crédito que cada um ainda tem, dependendo de variáveis como tempo de trabalho e benefícios. Mas o síndico Marcos Griebeler avisa que os valores são baixos, em uma variação que parte de R$ 10, mas pode chegar aos R$ 4 mil. Isso porque em 2017 foi paga boa parte de cada indenizaçã, restando para 2018 apenas esses saldos.
A fábrica de calçados, instalada em Montenegro, abriu falência em 1993; e desde essa data os empregados lutavam por seus direitos. Agora, essas devem ser as últimas indenizações. Todavia, isso não significa que tudo que é de direito será alcançado. Griebeler calcula que menos de 50% do que todos os trabalhadores deveriam ganhar será pago. O fato é que, aquilo que tinha foi vendido e o valor encaminhado aos funcionários prioritariamente.
“Os pagamentos não liquidam todos os créditos dos funcionários, porque a dívida é maior do que os Ativos arrecadados, mas satisfez parte deles”, declarou Griebeler. Agora não há mais de onde tirar recursos da massa falida, e é pouco provável que o restante dos créditos seja pago. Dividas com bancos, fornecedores e até alguns impostos sequer serão quitados.
Saldo final positivo
Após mais de 20 anos de luta judicial, cada um dos 800 empregados receberá apenas 36% de seu direito trabalhista. Ainda assim, é motivo de alegria, por que não são raros os casos de massas falidas na qual os empregados não recebem absolutamente nada ou não mais de 30% do direito. Quando o pagamento em dólar chegava, a empresa quitava o adiantamento na instituição financeira.
Mas, a Marcel não cumpriu esses contratos, e pela lei, os bancos tinham prioridade. A Griebeler Advogados iniciou então um longo embate jurídico no qual saiu vitorioso, inclusive no Supremo Tribunal de Justiça (STJ). Os créditos trabalhistas foram priorizados. A Marcel Ronnel deixou na praça dívida total de R$ 30 milhões, dos quais R$ 3,6 milhões são créditos trabalhistas.
Griebeler Advogados
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