Os cerca de 180 alunos da Urgs em Montenegro retomaram as aulas nesta segunda-feira, 6. Oficialmente, não haverá mais o ingresso de estudantes nos quatro cursos oferecidos no Município: Artes Visuais, Dança, Música e Teatro. Novas turmas serão abertas somente em Porto Alegre.
Conforme a chefe da unidade da Uergs em Montenegro, Dulce Helena Martins Dillenburg, o último ingresso de alunos aconteceu em 2021, no curso de Música. “Esses alunos estão no 5º semestre agora. Dos demais cursos nós temos turmas de 5º, 6º, 7º e 8º semestre”, pontua. Dulce destaca a previsão é de todas as turmas se formarem em Montenegro e os quatro cursos que eram oferecidos na cidade iniciem em Porto Alegre somente no próximo semestre.
A decisão final sobre o encerramento dos cursos da Uergs em Montenegro foi tomada após longo processo de Grupo de Trabalho paritário. Ela foi decretada em 27 de outubro do ano passado pelo Consun – instância máxima da Universidade.
Para os alunos que seguem estudando no Campus de Montenegro, a maior dificuldade ainda é o transporte. Dulce afirma que a maior parte é de fora, o que tem exigido adaptações. “Eles têm que se organizar em caronas, mas às vezes o dono do carro não vem para Montenegro, com isso, os colegas não conseguem vir na aula. Muitos que não conseguem vir participam de forma online, o que é irregular em uma disciplina prática”, afirma.
O problema da falta de transporte tem causado trancamento de matrículas e até desistências. Conforme a gestora da unidade de Montenegro, a situação foi um dos motivos que levou ao encerramento dos cursos. “Os alunos que moram em Capela de Santana, Nova Santa Rita, que são municípios vizinhos, não conseguem vir por falta de transporte. Isso, infelizmente, acabou pesando na decisão”, conclui Dulce.
Volta às aulas na Fundarte foi com otimismo
A segunda-feira também foi de retomada das aulas para os alunos da Fundarte. Heine Wentz, professor de violino, destaca que a expectativa para o ano letivo é positiva, tendo em vista a retomada das aulas práticas presenciais. “Durante a pandemia, no caso do violino, foi um instrumento difícil para iniciar à distância, especialmente para os pequenos. Agora estamos tendo bastante procura. As aulas são semanais, uma vez por semana”, afirma.
A pequena Dara Barreto, de 9 anos, é estudante de violino da Fundarte. Ela afirma que está muito contente com a retomada das aulas e quer se dedicar mais neste ano. “A minha mãe, quando era pequena, fez violino, mas desistiu e voltou mais tarde. Quando ela voltou eu olhava ela tocando e isso em incentivou a vir para o violino. Faz cinco anos que eu estou tendo aulas, mas esse ano quero aprender muito mais”, conclui. (WM)