31 de dezembro de 2018 é a data de desligamento do sinal analógico. Adaptação vai custar em torno de R$ 300 mil
– Já tá dando pra ver?
– Ainda não. A tela tá cheia de chuviscos e ainda tem muito chiado.
Essas são reclamações frequentes de quem tem sinal analógico de TV. Contudo, essa forma de transmissão, que compromete a qualidade da imagem e do som, está prestes a acabar. Isso porque o governo federal e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) decidiram desligar o sinal analógico de todo o Brasil até 2023. A previsão para o corte no Rio Grande do Sul, porém, está se aproximando: 31 de janeiro de 2018.
Apesar de faltarem três meses para a extinção do modelo antigo, a TV Cultura do Vale, a ser sintonizada no Canal 53.1, já passa por transformações de adaptação ao sinal digital. A equipe técnica da emissora montenegrina, responsável pela qualidade do conteúdo, trabalha para realizar todos os ajustes necessários. “O ganho será na qualidade do sinal. No âmbito digital da televisão, não existe meio termo, ou ele chega ou não. Por enquanto, estamos preocupados com o processo de digitalização. Depois, pensaremos em novidades para a programação”, afirma Priscila Mathias, vice-diretora executiva de Comunicação da Fundarte, mantenedora da TV.
E como nada acontece do dia para a noite, as mudanças previstas para o canal também já foram pensadas com bastante antecedência. Primeiro, foi elaborado um projeto para transformar o sinal analógico em digital. Depois que aprovado pelo Ministério das Comunicações, começou o processo de compra dos equipamentos que farão essas transmissões. Com a compra, o município investirá cerca de R$ 300 mil. “A meta é que, antes da data do desligamento, a emissora já esteja sendo transmitida em formato digital”, aponta Priscila.
Hoje, devido ao desgaste dos equipamentos que realizam a transmissão da programação, em muitas residências o sinal não chega, ou apenas com pouca qualidade. Segundo Priscila, com o canal digital isso não vai mais acontecer, pois o sinal será excelente. A captação do sinal analógico da TV Cultura se dá pela antena UHF. Depois do corte, ainda será necessário esse item, pois todos os canais abertos serão captados dessa forma.
Apesar do vasto trabalho pela frente, a TV Cultura, fundada em 31 de dezembro de 2000, vai permanecer com a mesma equipe de trabalho, sem a demanda de mais técnicos para realizar os serviços. “Temos dois cinegrafistas, cinco jornalistas, dois editores, um estagiário na edição e outro na produção”, conta Priscila.
Programação
– Jornal do Meio-Dia, apresentado pela jornalista Carine Klein;
– Jornal das 7h, ancorado por Juciele Paz;
– ModIsse, apresentado por Fernanda Isse;
– Cultura Debate, ancorado por Leandro Utzig;
– Habitat, apresentado por Juciele Paz.
Como receber o canal digital
– É preciso ter um aparelho de televisão com conversor embutido, ou colocar um conversor. Os aparelhos mais recentes já possuem o aparelho embutido;
– instalar uma antena para captar o sinal digital. As externas, usadas no telhado das residências, são as mais indicadas. Nos prédios e condomínios, podem ser utilizadas de forma coletiva;
– se você quer captar o sinal digital mas tem dificuldades financeiras, kits gratuitos estão sendo distribuídos para pessoas beneficiadas por programas do governo federal.