Geison Calsing. Crime revoltou a comunidade em 2012. Condenados pelo homicídio ainda podem recorrer
Três homens, já condenados por um homicídio em 2012, voltaram para a cadeia ontem, quarta-feira. Cândido Antonio da Silva, 38 anos, e seu irmão Angelo da Silva, 23, foram presos pela Brigada Militar (BM). Guilherme Vieira Lopes, 29 anos, apresentou-se no Fórum. Eles foram condenados, com outros três homens, de terem causado a morte de Geison Calsing, em 28 de abril de 2012. Na época a vítima tinha 30 anos. Dos outros três, um ainda está foragido.
Dos seis condenados no julgamento do dia 6 de novembro de 2015, quatro conseguiram Habeas Corpus poucos dias depois. O recurso foi julgado em segunda instância e acabou por confirmar as condenações. Diante disto, a juíza Deise Fabiana Lange Vicente emitiu novos mandados de prisão contra todos os envolvidos.
Relembre o crime
O chapeador Geison Calsing foi espancado na manhã do dia 28 de abril de 2012, pelos seis homens, no pátio de uma empresa de segurança. O motivo da agressão teria sido uma discussão em um bar. Ele morreu depois de ficar internado por seis dias numa UTI. Na época, toda a ação dos bandidos foi gravada por uma câmera de segurança. Com uma barra de ferro, um deles bateu em Geison. Os seis acusados foram presos pela Brigada Militar horas depois, quando buscavam atendimento médico no Hospital Montenegro. A exibição das imagens causou grande comoção na comunidade.
Os réus foram a julgamento em 6 de novembro de 2015, e foram condenados. Quatro entraram com recurso e aguardavam em liberdade. Com a confirmação da sentença, três já retornaram ao presídio e um segue foragido.
Volta para a cadeia
Na noite da última terça-feira, 3, uma guarnição da Brigada Militar fazia ronda de rotina quando, por volta das 19h45min avistou Cândido, caminhando pela Rua Próspero Mottin, no bairro Ferroviário. Sabendo do mandado de prisão, os policiais o detiveram.
Mais tarde, sabendo também do mandado contra Ângelo, foram ao seu encalço, e o localizaram dentro do Parque Centenário. Guilherme Lopes apresentou-se no Fórum quando soube que estava constando como foragido.
Dois dos condenados, Guilherme de Azevedo e Yan Xavier, já estavam presos. A Vara Criminal de Montenegro informou ainda que há um mandado de prisão pendente de cumprimento contra William Leonardo Monteiro de Barros.
Segunda instância
Após o julgamento do recurso, as penas de todos os condenados foram reduzidas. No primeiro julgamento eles receberam penas acima de 20 anos. Agora, porém, as condenações ficaram abaixo deste tempo.
William foi condenado a 18 anos e oito meses de reclusão, Guilherme de Azevedo a 19 anos e quatro meses de reclusão e sete meses de detenção, Ângelo e Yan a 18 anos de reclusão e os réus Cândido e Guilherme Lopes a 19 anos e quatro meses de reclusão e cinco meses e 10 dias de detenção. Todos ainda podem recorrer das penas.