Conscientização. Semana Nacional do Trânsito inicia nesta segunda-feira e tem como meta a redução de óbitos
O trânsito registrou 1.165 mortes de janeiro a agosto de 2017 no Rio Grande do Sul, de acordo com dados do Detran gaúcho. O número representa um aumento de 4,9% com relação ao mesmo período do ano passado, quando faleceram 1.107 pessoas. Apesar do baixo percentual, o dado evidencia a necessidade da continuação de campanhas e ações visando a redução das perdas de vidas nas nossas vias.
Do total de vítimas, 902 (77,4%) eram do sexo masculino, 301 (25,8%) tinham entre 18 e 29 anos e 634 (60,7%) ocorreram em rodovias. Além disso, condutores e motociclistas aparecem praticamente empatados na liderança do ranking, com 326 e 312 ocorrências respectivamente, somando 54,8%.
Na área de cobertura do Jornal Ibiá, também segundo o levantamento do órgão estadual, os acidentes mataram 12 pessoas no período: dez em Montenegro, uma em Maratá e uma em Parceci Novo. Brochier e São José do Sul, felizmente, não tiveram casos.
Com a meta de amenizar dados como esses, inicia hoje e se estende até o próximo dia 25, a Semana Nacional do Trânsito. A edição deste ano tem como tema “Minha Escolha faz a Diferença no Trânsito”. Ao longo desta semana, as páginas do Ibiá trazem reportagens especiais, reflexões sobre o assunto e dicas para tornar a circulação de veículos e de pessoas mais segura.
O Diretor de Transporte e Trânsito da Prefeitura Municipal de Montenegro, Airton Vargas, salienta a relevância de uma semana para se refletir e debater sobre o tema. Também ressalta o fato de o comportamento adequado, tanto de motoristas quanto de pedestres, resultarem na proteção de vidas. “É necessária a educação geral no trânsito. É importante esse debate e o trabalho com a comunidade escolar”, frisa. “Temos bons condutores, mas ainda precisamos fazer um trabalho forte nessa área”, completa.
O presidente do Conselho Municipal de Trânsito de Montenegro, Vitor Paulo de Campos dos Santos, também considera significativa a falta de prudência e atenção dos motoristas e pedestres para o elevado número de acidentes registrado no Estado. Porém, ressalta que o problema não se resume a isso. Cita como exemplo o desconhecimento das normas de trânsito por parte dos condutores e os problemas de sinalização existentes no município. “Mas, claro, se a população fosse mais consciente, certamente, ocorreriam menos acidentes”, frisa.
Sobre a metodologia
O relatório elaborado pelo Detran tem como fonte de dados o Sistema de Consultas Integradas (CSI) da Secretaria de Segurança Pública (SSP), onde bases de dados de órgãos subordinados à instituição (Brigada Militar, Polícia Civil, Superintendência dos Serviços Penitenciários e Instituto Geral de Perícias) estão reunidas de forma padronizada.
A coleta de dados de acidentes de trânsito envolvendo vítimas fatais é obtida por meio de pesquisa e investigação de ocorrências policiais registradas no CSI. O levantamento contabiliza os falecimentos, cuja causa envolva acidente de trânsito, desde que não ultrapasse 30 dias entre o acidente e o óbito.