O prefeito de Montenegro, Carlos Eduardo Müller, assinou nesta sexta-feira, dia 31, a homologação do processo para obra do primeiro trecho da Rodovia Transcitrus. Isso significa dizer que a Administração Municipal aceitou a proposta financeira da Construtora Giovanella, finalizando assim o processo iniciado em 2018 quando firmou termo com o banco Caixa. O contrato com a empresa será assinado na segunda-feira, a partir do qual ela terá 10 dias para iniciar os trabalhos (caso haja tempo bom), com prazo de 120 para conclusão.
O primeiro trecho da Transcitrus Montenegro terá cerca de 1,3 quilômetro pela Estrada Fridbert Arno Reinheimer, entre Campo do Meio, a partir do Salão da Comunidade Luterana; até Santos Reis, no início do asfalto da Estrada do Cafundó. Com parte de pavimento tapa-pó e parte de chão batido, esta é a principal estrada de ingresso nas comunidades, além de dar acesso interiorano à Maratá. Todavia, sua situação com buracos e pedras é motivo de constantes reclamações dos cidadãos.
Um dos problemas evidenciado recentemente é o córrego perto do Cemitério que transborda, obstruindo a passagem. Todavia, segundo a equipe técnica da Prefeitura, neste ponto conflagrado não será feita a substituição dos três carreiros de canos de um metro de diâmetro. Os engenheiros acreditam que ali a solução será apenas o desassoreamento em todo leito do curso d’água, combinado com a elevação de um metro na estrada previsto no projeto da Transcitrus.
Inclusive, a estrada ficará mais alta em toda aquela extensão, eliminando as ondulações. A engenharia garante que isso não irá represar água e alagar as propriedades, sendo que a simples dragagem dará vazão. Este serviço ainda depende de liberação por parte da Secretaria Municipal Meio Ambiente. A substituição de galerias por peças de concentro maiores está previsto apenas para o primeiro córrego, logo após o entroncamento que leva em direção à Lajeadinho.
Avaliações garantiriam que Construtora Giovanella não abandonará obra, com aconteceu na ERS-411
“É uma baita conquista, esperada há muitos anos”, comemorou o prefeito. Questionado quanto à contratação da Giovanella, empreiteira que teve litígio com o Estado e paralisou a obra na ERS-411 na Costa da Serra, Müller garantiu que não há risco de se repetir na Transcitrus. Isso porque o contrato é total, ou seja, a empresa é responsável desde a mão-de-obra até os materiais empregados. Já com o Estado o contrato dividia responsabilidades, inclusive em relação à compra de asfalto.
O chefe do Executivo lembrou ainda que a empreiteira passou por avaliação de capacidade técnica e financeira. A respeito do tempo levado no processo, ele explicou que a fase mais demorada é dentro do banco federal. Depois de firmar convênio com a Caixa em 2018, o Município viu o projeto entrar na fila para ser submetido as análises. Somente neste ano foi possível realizar o primeiro chamamento público de empresas interessadas, mas que não teve interessadas (deserto). A explicação é que o valor máximo de R$ 1.419.815,51 ofertado por Montenegro era desinteressante.
O motivo está ligado ao fator “valor do Petróleo internacional” usado pela Petrobrás como política de preços, o que tem gerado constante reajuste no insumo asfalto e alterando os custos das construtoras. Em contrapartida, a planilha referência do Dnit fica até seis meses sem ajustes. Da mesma forma, o processo licitatório caminha lentamente, permitindo a defasagem do cálculo inicial.
O jeito foi a Prefeitura elevar sua oferta para R$ 1.484.004,75. O prefeito observou que então, na abertura da segunda tomada de preços, começou o efeito concorrência. O resultado foi que a construtora do primeiro trecho acabou vencendo com o preço de R$ 1.408.630, 20; abaixo ainda da primeira oferta do Município.
Próximos trechos para concluir a Transcitrus
2º trecho – centrinho de Santos Reis pavimentado com pedra irregular até início do segundo intervalo de asfalto. Valor orçado de R$ 911 mil, já contratado e assinado com a Caixa. Restam análises técnicas.
3º trecho – do final do segundo intervalo de asfalto, perto da esquina do 11 Amigos, até a divisa com Maratá ligando com a Transcitrus. Valor orçado de R$ 800 mil aguardando análise do projeto pelo Ministério do Turismo, depois emprenho e confirmação do recurso.
*A Transcitrus Montenegro terá o total de 3,4 quilômetros