Uma turma animada saiu da Sociedade Cultural Pareci Novo para acordar o Município na manhã deste domingo, dia 25. Em cima de um caminhão, o grupo percorreu as ruas da cidade com música, foguetes e muitas buzinas para buscar a corte da tradicional “Festa do Tiro do Rei e do Bolão”. O evento segue, com as competições, por todo o dia, na Sociedade.
Conforme o presidente da entidade, Elieser Biolo, a festividade já tem mais de 110 anos. Ocorre sempre entre julho e setembro. “É uma tradição dos alemães, que colonizaram a região. O pessoal veio com as armas, mais com a intenção de se proteger, e depois virou esporte”, conta.
A competição do tiro já não usa arma de fogo. É com um equipamento que funciona com ar comprimido que os participantes dão os tiros para acertar o alvo e ir completando seus pontos. Ganham os melhores para serem coroados Rei, Rainha, Príncipe, Princesa, 2º Príncipe e 2ª Princesa. As mais altas posições são reservadas para os que acertarem mais perto da “mosca”: a marca de 20 pontos do alvo.
Quem deu o jogo como aberto nesta edição foi o oleiro Cassiano Hallmann, de 30 anos. Na ausência do Rei do ano passado, ele, que foi 2º Príncipe, se aventurou com o primeiro tiro. À reportagem, confidenciou que a vitória em 2018 tinha sido coisa do acaso. “Nunca tinha atirado e acabei ficando como Príncipe”, recordou.
A corte de 2018 também abriu a competição do bolão. Um pouco diferente do boliche, o esporte usa uma bola mais leve, só que não tão fácil de controlar. É a chamada “bola louca”. “Essa, tu tem que saber jogar de um jeito diferente, para ela fazer a curva”, indicou um dos competidores, Júlio Cesar da Motta. Por dois anos seguidos, em 2003 e 2004, ele foi consagrado Rei do Bolão. Não jogou mais desde então; e voltou para a Sociedade neste ano em busca de repetir o feito.
A coroação dos vencedores dessa edição já tem data marcada. O baile ocorre no dia 5 de outubro, com animação da Banda Eccos. Ingressos custam R$ 70,00 para homens e R$ 50,00 para mulheres, incluindo chope, água e refrigerante liberados.
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Evento é tema de pesquisa
A montenegrina Bruna Engel acompanhou de perto cada etapa do evento no domingo. Ela está conduzindo uma pesquisa na região sobre as comunidades de descendência alemã, ao visitar eventos culturais de cada Município de colonização germânica. “É para ver como estão essas comunidades, mostrar a mistura cultural que teve”, explica. O projeto já rendeu uma exposição fotográfica que acaba de ser selecionada para exposição na Bahia. Agora, a produção é de um documentário. “É um trabalho independente. Um projeto artístico, de pesquisa”, define a responsável.