Tracker, um SUV com real vocação esportiva

Depois de muitas críticas, finalmente a Chevrolet inseriu controles de estabilidade e de tração no Tracker Premier, que o Ibiá Motores testou durante uma semana a convite da Chevrolet. No dia a dia, a rodagem pelas estradas do Vale do Caí — principalmente um bate e volta de Montenegro a Salvador do Sul pela sinuosa BR-470 — mostrou que o modelo ficou mais seguro. Nas curvas, tem-se uma boa sensação de ter o controle na mão. Neste mesmo trecho de serra, o utilitário da GM deixou escapar uma de suas desvantagens: em aceleradas mais vigorosas para ultrapassagens na subida, a elevação do giro transmite um nível de ruído bem significativo, o que não está adequado à proposta de um veículo de luxo.

Alerta de colisão é um dos itens de tecnologia presentes no modelo, mas a precisão dele não é 100%. Foto: Chevrolet/Divulgação

Em idas e vindas entre os vales do Sinos e do Caí, com malha rodoviária predominantemente plana, sentiu-se bastante falta do sistema de borboletas atrás do volante para a troca de marchas e, assim, ter domínio melhor do carro. O Cruze, modelo com o qual a Tracker compartilha o motor 1.4 turbo, conta com esses recursos, que não apenas imprimem mais esportividade ao modo de condução, mas também garantem ao motorista maior sensação de controle e de segurança.

Aliás, fôlego é que não falta ao carro. O turbo fornece torque forte mesmo em baixas rotações, o que garante arrancadas e retomadas sempre com aquela sensação de motor cheio. Segundo o fabricante, o propulsor 1.4 desenvolve 150 cv de potência (com gasolina) e 24,5 kgfm de torque, que consome, em média, de 12 a 13 km/litro em uso rodoviário, e ao redor de 10 km/litro dentro da cidade. São boas marcas, ainda mais se forem considerados os 1.413 quilos do modelo. Com seis velocidades, o câmbio tem trocas suaves e favorece os giros mais altos.

Em questão de preço, a Tracker Premier se revela bastante restritiva. Custa a partir de R$ 100 mil. Tudo bem que há uma boa lista de equipamentos, mas pagar essa quantia e não ser possível desabilitar a função start-stop, cujos acionamentos constantes dentro da cidade exigem paciência, e não contar com ar-condicionado digital são características desfavoráveis. A Chevrolet também avançaria em competitividade se retirasse mais plásticos do interior da cabine. Além disso, não espere muito espaço do porta-malas, pois são apenas 306 litros. Se não houver passageiros atrás, aí tem-se a opção de rebater o banco e, com isso, ampliar a capacidade para 765 litros.

Linhas sedutoras e itens de tecnologia
A esportividade do SUV Tracker ganha impulso na linha 2019 com teto solar com acionamentos elétricos e, principalmente, com o design sedutor, que fica realçado pelas rodas de liga leve de 18 polegadas.

Outro ponto de destaque é a chave inteligente, que basta estar no bolso para se abrir as portas e dar a partida, tornando o dia a dia bastante prático. Elétricos, os espelhos retrovisores externos têm aquecimento, um recurso especialmente útil para desembaçamento nesta época.

Bancos em couro, apliques nesse mesmo material nobre e tapetes de carpete conferem requinte ao interior. A tecnologia pega carona no Tracker em diversos aspectos: alertas de colisão frontal, alerta de saída de faixa e assistente de partida em rampa. A central multimídia é compatível com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay, mas não possui GPS integrado.

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