Todo o Estado está na bandeira laranja da 21ª rodada definitiva do Distanciamento Controlado

Ajustes em indicadores influenciaram no resultado final do mapa

Após mais de três meses com regiões apresentando bandeira vermelha, o Rio Grande do Sul ficou, pela primeira vez, completamente laranja. Esta bandeira é de médio risco para o novo coronavírus. O resultado definitivo do mapa da 21ª semana do modelo de Distanciamento Controlado foi divulgado na tarde desta segunda-feira, 28, pelo governo do Estado.

De forma inédita desde que a instância recursiva do Distanciamento Controlado foi criada, na sétima rodada (22 de junho), não houve pedido de reconsideração por parte de associações regionais. As bandeiras são válidas da 0h de terça-feira, 29, até as 23h59 de segunda-feira, 5.

Há três semanas na bandeira laranja, a Região 08 – que engloba alguns municípios do Vale do Caí, dentre eles Montenegro – segue com a liberdade para permitir o retorno de atividades escolares e esportivas. Entretanto, pais e instituições de ensino têm autonomia para manter as crianças em casa ou para deixar as escolas fechadas.

A R08 adota desde o início os protocolos do modelo de cogestão, no qual as regiões Covid podem adotar protocolos menos restritivos à bandeira na qual estão classificados, mas no mínimo iguais à bandeira anterior. Montenegro, Pareci Novo, Brochier e Maratá são alguns dos municípios que podem adotar os protocolos regionais, conforme os decretos municipais nos seus sites.

Apesar disso, a região não pode adotar os protocolos da bandeira amarela, pois não encaminhou protocolos menos restritivos para bandeira laranja. Somente Novo Hamburgo, Santa Cruz do Sul e Santa Maria podem adotar os protocolos de risco baixo para a Covid-19.

Ajustes em indicadores

Segundo o governo do Estado, a atual fase da pandemia, na qual a ocupação de leitos de UTI por Covid-19 indica um estágio de estabilização, permitiu, uma revisão de dois indicadores do Distanciamento Controlado que medem a capacidade de atendimento da rede hospitalar. Nas primeiras semanas do modelo de bandeiras, para que uma região alcançasse a classificação amarela, por exemplo, era preciso apresentar sempre um número maior de leitos de UTI livres do que na semana anterior (tanto na região quanto no Estado como um todo).

Pela estabilidade de ocupação por Covid-19 nos últimos dias, foi identificado pelo Estado um aumento de pacientes em UTI por outras razões (a ponto de reduzir o número de leitos livres), atendendo parte da demanda reprimida durante os meses anteriores. Ou seja, há possibilidade de haver redução de leitos livres de UTI mesmo que a pandemia se mostre estável.

No formato que vigorou até a 18ª semana do modelo, essa situação poderia representar aumento de regiões sob bandeira vermelha, mesmo sem uma maior ocupação de leitos e de hospitalizações por Covid-19. O ajuste específico nesses dois indicadores estabeleceu novos parâmetros de redução dos leitos de UTI livre para classificações de bandeira: amarela (até 10%), vermelha (até 17,5%), vermelha (até 25%) e preta (acima de 25%).

Índices caíram nas últimas semanas

Novos registros de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), que resultaram em diagnóstico confirmado de Covid-19, caíram 25% nas últimas semanas – de 1.016 para 793. Além disso, entre as duas últimas quintas-feiras, o número de óbitos causados pela doença reduziu 19%, de 338 para 273.

Os internados em UTI por SRAG caiu 9% (de 884 para 806) e o número de internados em leitos de UTI com Covid-19 reduziu 5% (de 693 para 658). Esses declínios, constatados entre as duas últimas quintas-feiras, resultaram na elevação do número de leitos de UTI adulto livres, que cresceu 11% entre as últimas quintas-feiras, de 614 para 684.

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