Crime. Indivíduos tentaram furtar ovelhas de chácaras no bairro Estação
A Brigada Militar (BM) trocou tiros com um criminoso na madrugada dessa quinta-feira, 21, no bairro Estação, em Montenegro. O fato ocorreu por volta das 3h20min quando a sala de operações do 5º Batalhão de Polícia Militar (BPM) recebeu o chamado sobre a tentativa de roubo a residência.
Ao chegar ao local para verificar a situação após o alarme ter disparado, o dono da chácara na Estrada Braulino de Oliveira relatou aos policiais militares ter recebido diversos disparos de arma de fogo, precisando se abrigar para não ser atingido. Então, pediu socorro à BM.
A vítima também informou ter visto os indivíduos fugindo em direção aos trilhos do trem. A equipe, então, foi verificar a situação. Durante o deslocamento a pé, ouviram barulhos e ficaram aguardando. Neste momento, saiu um indivíduo do interior do mato e efetuou um disparo de arma de fogo em direção à guarnição, que momento revidou para cessar a ameaça. Ninguém ficou ferido durante a ação.
Na sequência, o homem fugiu a pé pelo matagal, na parte mais afastada do bairro, próximo ao limite com a comunidade da Fortaleza. No trajeto, ele deixou cair um revólver calibre 32 marca Rossi e um simulacro de pistola de cor preta, além de uma munição intacta e outra deflagrada. Em ato contínuo, foram efetuadas buscas com apoio de outras guarnições no mato e ao redor do local onde ocorreu o fato, mas não foi localizado nenhum dos indivíduos.
Ao retornar à chácara, foi encontrada uma ovelha amarrada no mato e outras soltas no local evidenciando a tentativa de se tratar de uma tentativa de furto abigeato. O mesmo homem revelou ter sido vítima deste crime frequentemente.
O presidente da Associação dos Pecuaristas do Vale do Caí (Apevale), Roberto Machado, lamenta a situação e pede a implantação de um patrulhamento, principalmente, nas localidades do interior. Ele lembra o fato de, em muitas dessas áreas, não haver iluminação adequada e nem sinal de telefonia.
“É uma barbaridade. O negócio está ficando cada vez pior. Quando atacam, não temos para onde corre nem como nos defender”, lamenta. “Deu muita sorte, podia estar morto”, completa, falando sobre a vítima ter saído ilesa, apesar do susto.
Machado também lembra a importância de quem for afetado por este crime fazer o registro nas delegacias de polícia o mais rápido possível. Isso serve para manter os dados atualizados e como base para as forças de segurança traçarem as melhores estratégias. “Muitos produtores não fazem o boletim de ocorrência por não acreditarem que a Polícia irá fazer uma investigação”, finaliza.
