O número total de desempregados em agosto na Região Metropolitana de Porto Alegre foi estimado em 188 mil pessoas, 2 mil a menos em relação ao mês anterior. Esse dado corresponde de desemprego total com relativa estabilidade, passando de 10,4% da População Economicamente Ativa (PEA) em julho para 10,3% em agosto de 2017. As informações da PED-RMPA foram divulgadas nesta quarta-feira (27), pela FEE, Dieese e FGTAS.
De acordo com os pesquisadores esse resultado deveu-se às pequenas variações no contingente de ocupados (mais 3 mil, ou 0,2%) e na força de trabalho (mais 1 mil, ou 0,1%).
O nível ocupacional na RMPA ficou relativamente estável (mais 3 mil, ou 0,2%), sendo estimado um contingente de 1.636 mil ocupados. Houve aumento na indústria de transformação (mais 6 mil ocupados), no comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas (mais 4 mi ) e na construção (mais 3 mil). O resultado negativo se deu no setor de serviços (menos 7 mil ocupados, ou -0,8%).
O total de assalariados teve aumento de 1,3% (mais 15 mil), tanto no setor privado (mais 7 mil), quanto no setor público (mais 8 mil). No setor privado, houve relativa estabilidade do emprego com carteira (menos 2 mil, ou -0,2%) e aumento do sem carteira (mais 9 mil, ou 13,2%). Em relação aos demais contingentes analisados, houve aumento de empregados domésticos e diminuição de trabalhadores autônomos.
De junho para julho de 2017, o rendimento médio real aumentou para todos os seguimentos: ocupados, assalariados e trabalhadores autônomos, correspondendo a R$ 1.943, R$ 1.967 e R$ 1.596, respectivamente.
Entre agosto de 2016 e agosto de 2017, a taxa de desemprego total diminuiu de 10,7% para 10,3% da PEA na RMPA. No mesmo período, a taxa de desemprego aberto decresceu de 9,6% para 9,2%.
Para a economista da FEE, Cecília Hoff, a análise do momento revela melhora, mas a recuperação é lenta. “A notícia boa é que o nível de ocupação que havia subido em julho se manteve em agosto. Ou seja, se manteve em um nível mais alto. A notícia nem tão boa é que os setores que tiveram aumento são os sem carteira assinada e os autônomos, trabalhadores em situação mais precária. O crescimento econômico tem sido dado por fatores pontuais, não há um movimento sustentado na economia como um todo. Como a recuperação tende a ser lenta e a recuperação do emprego normalmente atrasa, é mais lenta ainda”, aponta.