Sucessão rural em pauta em encontro de agricultores

O ginásio da comunidade evangélica de Campo do Meio, no interior de Montenegro, é palco, nesta quarta-feira, dia 15, de um encontro da Associação Sindical Regional Vale do Caí que conta com a participação de mais de 200 pessoas. Em pauta está um tema caro aos agricultores familiares: a sucessão rural. Em um bate-papo ocorrido pela manhã, os tabeliães Marcelo e Luís Kindel abordaram a questão legal do assunto. Já agora à tarde ocorre palestra sobre educação do campo e sucessão familiar com a Escola Familiar Agrícola da Serra Gaúcha.

Juliana destacou importância do assunto debatido e seus reflexos no dia a dia da propriedade

A presidente da Associação Sindical Regional Vale do Caí, Juliana Dullius Wingert, destacou que o tema da sucessão rural muitas vezes traz preocupação aos agricultores e suas famílias. “A gente traz esse momento de debate até para esclarecer às pessoas as formas que hoje existem para fazer a parte documental num processo de transmissão de uma propriedade e também no sentido da preocupação justamente com a sucessão”, afirmou.

“A gente precisa deixar também que o jovem possa ter oportunidade de fazer uma coisa de diferente na propriedade, mas para isso ele precisa, muitas vezes, ter um pedaço da propriedade ou a documentação da propriedade em seu nome para poder fazer um financiamento”, observou Juliana. Ela salientou, ainda, que produtores rurais que tiverem dúvidas sobre o tema podem buscar orientação junto ao Sindicato dos Trabalhadores Rurais (STR) ao qual é filiado.

Marcelo Kindel: “É muito mais sobre as pessoas e sobre a família do que sobre os documentos em si”

Para tabelião Marcelo Kindel, mais do que falar sobre documentação e trâmites de transferência de terras, a fala dele e de Luís Kindel era mais sobre as pessoas do que sobre documentos. “É uma forma de as pessoas entenderem e saberem que opções que elas têm e também é uma forma de manter o convívio e a relação saudável dentro da família porque, às vezes, a propriedades podem gerar um desavença, um desentendimento entre herdeiros, entre irmãos e entre pessoas que sempre se deram bem a vida toda”, comentou sobre o bate-papo e seu tema. “A ideia é indicar os caminhos que a lei dá para que as famílias possam manter esse convívio pacífico e que a terra não seja motivo de desavença”, complementou.

“É muito mais sobre as pessoas e sobre a família do que sobre os documentos em si. Os documentos vêm para prestar essa tranquilidade”, reforçou Marcelo. De acordo com o tabelião, no dia a dia do seu trabalho é possível observar a paz que traz resolver as questões “no papel”.

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