Obra de recuperação da rodovia que liga Montenegro a Brochier e Maratá está quase finalizada
Depois de meses de espera, a dona de casa Iva Massuda, 62 anos, voltou a poder estender as roupas no pátio de sua casa às margens da ERS-411 na Costa da Serra sem se preocupar com a poeira. Isso porque após mais de um ano de luta, o recapeamento de pontos críticos da rodovia foi concluído pela empresa contratada pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer). As obras na rodovia que liga Montenegro a Brochier e Maratá tiveram início em setembro de 2018, mas foram paralisadas em outubro do mesmo ano.
Após meses de caos e protestos, o Governo do Estado quitou as pendências com a fornecedora de material asfáltico e com a empresa responsável pela recuperação da ERS-411. Assim, as máquinas voltaram a trabalhar no local em junho deste ano e finalizaram o reparo profundo de diversos pontos entre Montenegro e Maratá, passando por Brochier, no começo deste mês. De acordo com o Daer, para dar a obra como concluída falta apenas realizar a pintura de dois quilômetros da rodovia, o que será realizado de acordo com o cronograma de serviços da Superintendência Regional de Lajeado da autarquia.
“Depois de pegar aquela poeirama e buraqueira, melhorou 100%”, garante Iva. Mostrando-se contente com a finalização da obra no trecho de Costa da Serra, a dona de casa lembra que chegou a desconfiar que os reparos não fossem finalizados. No entanto, a comunidade se mobilizou para cobrar o Estado. Uma das lideranças nesse sentido foi o comerciante Fernando Reidel.
“Foi um estresse. Foi algumas mensagens trocadas com os caras (representantes do Daer e do Estado)”, revela Fernando. Com o recapeamento concluído, ele diz que já observa um maior tráfego de veículos na rodovia, que havia diminuindo em função da obra paralisada. Agora, o comerciante ressalta a importância e necessidade de a pintura nos trechos ainda não sinalizados ser realizada para aumentar a segurança dos usuários da rodovia.
Para efetivar a recuperação dos trechos mais acidentados nos 23 quilômetros da ERS-411 o Estado investiu R$ 1 milhão. O resultado do investimento agradou os moradores, mas também deixou alguma ponta de receio. “Em vista do que era, melhorou bastante. Mas tenho alguma desconfiança”, conta o comerciante Valmir Cruz.
O receio dele se dá por rachaduras observadas por eles na margem em trechos onde a pavimentação foi recuperada. No entanto, ele tem expectativa que o Daer mantenha uma rotina de manutenção para evitar que usuários tenham prejuízo como ele teve na época em que a obra esteve paralisada, ao quebrar uma das molas do seu caminhão utilizado para o transporte de cargas.