Sindicatos se mobilizam para a greve geral

5º Núcleo do Cpers promove panfletagem no dia 20 chamando a comunidade a participar do protesto dia 30

Protestar contra as reformas trabalhista e previdenciária, além da reivindicar “Diretas Já” para eleição do presidente da República, são os objetivos principais da Greve Geral prevista para o próximo dia 30. O manifesto é nacional organizado por lideranças sindicais, entidades e grupos organizados de vários segmentos.

A preparação inclui reuniões e atos de mobilização. Em Montenegro, o 5º Núcleo do Cpers/Sindicato realiza panfletagem no Centro nesta terça, dia 20. A tesoureira Neiva Boos, que integra o grupo à frente da mobilização na cidade e região, acredita na adesão expressiva da categoria ao movimento. “Está todo mundo cansado dessa pouca vergonha”, opina, referindo-se às razões da greve. No dia 30, a entidade realizará um ato público na Praça Rui Barbosa pela manhã, com início às 9h.

Em Porto Alegre, o Cpers já participa de manifestações frequentes alertando para a situação política e chamando a sociedade para a greve geral. Além de bater pé contra as reformas trabalhistas e previdenciária, a entidade representativa dos trabalhadores em educação protesta contra o governo Sartori.

O Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias de Alimentação de Montenegro e Região também está se articulando em favor da greve geral. O diretor de Dinanças e Patrimônio, João Marcelino da Rosa, declara que a entidade é contra as reformas e quer “Diretas Já” para presidente. Ele afirma que as estratégias para chamamento da categoria estão sendo definidas e acredita que a população em geral apoia o protesto. “A sociedade começa a entender que o período requer essa mobilização”, resume.

O Sindicato dos Bancários e Financiários do Vale do Caí também não concorda. “O trabalhador está entre a cruz e a espada”, resume o presidente Rui Moura.

Diretor do Sindicato das Indústrias Químicas e Farmacêuticas de Montenegro e Portão, Luiz Fernando de Oliveira observa que as reformas propostas pelo presidente Michel Temer prejudicam o trabalhador. “O sindicato apoia a greve geral. As reformas são contra o cidadão. Como estão sendo feitas, não acrescentam em nada, só tiram direitos dos trabalhadores. Beneficiam só o empresário, não o trabalhador”, reforça. Ele menciona alguns dos pontos que considera prejudiciais, como do aumento no tempo de contribuição para ter direito a aposentadoria, bem como a negociação direta entre patrões e empregados. Para ele, essa situação é prejudicial, pois não há condição de igualdade entre as duas partes para uma negociação justa. “O trabalhador sozinho não consegue negociar”, analisa. As propostas de reformas trabalhista e previdenciária tramitam no Congresso Nacional.

Atos em Porto Alegre chamam ao movimento
A Central Única de Trabalhadores do Rio Grande do Sul (CUT/RS), centrais sindicais e as frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo realizam o Dia Nacional de Mobilização na próxima terça-feira. Neste dia haverá ações chamando trabalhadores e sociedade em geral para aderir à greve do dia 30 de junho.

Na capital gaúcha haverá um “mutirão” no Aeroporto Salgado Filho às 5h e, ao final da tarde, um ato público no Largo Glênio Peres, às 17h30min. “Será um esquenta para a greve geral do dia 30 para barrar as reformas da Previdência e trabalhista e exigir Fora Temer e eleições diretas já”, afirma o presidente da CUT-RS, Claudir Nespolo.

Conforme a CUT/RS, o objetivo do ato no aeroporto é pressionar os deputados e senadores gaúchos que integram a base do presidente Temer para que votem contra as reformas. “Quem votar a favor dessas propostas, que retiram nossos direitos, não será reeleito em 2018, pois já estamos denunciando os nomes, as fotos e os partidos desses inimigos dos trabalhadores junto aos seus redutos eleitorais”, avisa Nespolo.

No Largo Glênio Peres, o ato é para fortalecer a mobilização das centrais sindicais e movimentos sociais, bem como mostrar à população que a greve será realizada e suas razões. O Dia Nacional de Mobilização integra o calendário de preparação da greve geral. “De norte a sul do país, serão realizadas manifestações porque somente com o povo nas ruas poderemos enfrentar os golpistas e defender os direitos sociais, trabalhistas e previdenciários”, enfatiza Nespolo.

Na greve em abril, várias rodovias foram trancadas por manifestantes, como a ERS-124, em Montenegro

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