Setor imobiliário começa ano com perspectivas de aquecimento na venda de imóveis

PROPAGANDA e qualificação dos corretores são ferramentas usadas na conquista de novos clientes.

Seja para realizar o sonho da moradia própria ou para investir aquele dinheiro, que, parado na conta não tem valorizado muito, o consumidor começou 2023 interessado em fazer negócios. A busca por informações sobre compra de imóveis neste início de ano traz boas perspectivas ao setor imobiliário.

A corretora de imóveis Sirlei Alves de Souza observa que seus clientes em potencial começaram janeiro pesquisando, planejando e organizando as finanças para dar o tão importante passo rumo a casa própria. O ano mal teve início, mas Sirlei afirma que já é possível notar bons resultados. “A demanda por moradia continua elevada. Comparadas ao mesmo período de 2022, as vendas estão sendo maiores”, relata.

A percepção da corretora também é compartilhada entre os profissionais que integram o Núcleo de Corretores de Imóveis da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI Montenegro/Pareci Novo). “Em conversa com colegas que atuam na região, a percepção é de um início de ano positivo e aquecido, com alta procura por compra, venda e locações”, conta Letícia Giron, coordenadora do Núcleo de Corretores. 

Elisabete Griebeler, Sócia proprietária da Rumo Negócios Imobiliários Montenegro, observa um movimento diferente das demais entrevistadas. Para ela, a primeira quinzena de janeiro apresentou maior procura por aluguel. “As pessoas em função de definições da nossa economia estão analisando muito mais para fazerem aquisições de imóveis. Membros das classes C e D estão mais receosas. Já as classes A e B seguem fazendo negócios”, explica.

Para Elisabete, o ramo imobiliário em 2022 se manteve dentro da normalidade. Já Sirlei diz que o ano passado começou com incertezas para o mercado imobiliário, mas acabou trazendo surpresas à Imobiliária JC Mello. “As vendas de imóveis não caíram, pelo contrário houve um aumento na procura por imóveis diferenciados”. Na sua avaliação, os hábitos adquiridos na pandemia afetaram o desejo dos clientes em investir mais em moradias que oferecessem espaço para laser, com isso aumentou a procura por imóveis como sítios e chácaras.

A coordenadora do Núcleo de Corretores da ACI pondera que o período eleitoral costuma gerar clima de instabilidade econômica, o que afeta o ramo imobiliário. Segundo ela, nessas eleições o cenário não foi diferente, mas nem tudo foi negativo. “As vendas não pararam, passaram por retração durante alguns meses, mas em cenário geral o mercado imobiliário se manteve em operação e fechou com balanços positivos no âmbito nacional, com  destaque para a valorização dos imóveis e altas nas taxas de juros do crédito imobiliário”, acrescenta Letícia. 

Expectativas para 2023
Conforme a coordenadora do Núcleo de Corretores de Imóveis da ACI Montenegro/Pareci Novo, Letícia Giron, para este ano, as expectativas estão divididas entre retomada do Programa Minha Casa Minha Vida do Governo Federal e retração das taxas de juros no crédito imobiliário por meios de incentivos econômicos e redução da SELIC. “O cenário ainda é muito especulativo, porém as perspectivas são otimistas. Os lançamentos deverão impulsionar as vendas, pois a demanda por moradia é constante”.

Elisabete Griebeler crê na melhora para o mercado da vendas de imóveis a partir do anúncio, do Governo Federal, das novas medidas para a economia.

“Quem não é visto, não é lembrado”
Pode ser clichê, mas para a corretora Sirlei Alves a frase “quem não é visto, não é lembrado” faz sentido. Por isso, na busca de atrair olhares para a imobiliária e com isso conquistar novos clientes, a publicidade tem ajudado. “Aqui na Imobiliária JC Mello Imóveis trabalhamos com divulgações nos classificados do Jornal Ibiá, site, redes sociais. Focamos nos clientes e em suas necessidades”, diz a consultora de vendas.

Além de atrair os consumidores, as imobiliárias precisam estar preparadas para recebê-los. Contar com profissionais capacitados, atentos ao que o cliente busca pode fazer a diferença entre fechar ou não a negociação. Com base nisso, Letícia Giron explica que o Núcleo da Associação Comercial realiza trabalho de educação contínuo. “Buscando cursos, palestras e ferramentas para aprimorar os serviços prestados pelos profissionais autônomos e imobiliárias”, encerra.

Últimas Notícias

Destaques