POSSIVEL extinção do cargo de oficial escrevente e congelamento salarial motivam paralisação por tempo indeterminado
A greve dos funcionários do Judiciário do Rio Grande do Sul começa nesta terça-feira 24, sem data prevista para acabar. A deliberação sobre a paralisação ocorreu durante assembleia geral, realizada na terça-feira passada, dia 17, na Praça da Matriz, em Porto Alegre. Uma das principais motivações para a suspensão das atividades é a ameaça de extinção de cinco mil cargos de oficial escrevente, promovida pelo Projeto de Lei 93 2017, que permite o fim de diversos cargos do Judiciário e que está em tramitação na Assembleia Legislativa do Estado (AL-RS). Em Montenegro, a greve é apoiada pelos servidores locais.
Além do posicionamento oficial do TJ-RS sobre a pauta de reivindicações da categoria, os servidores esperam a manifestação do Tribunal sobre a alternativa apresentada pelo Sindjus/RS de que houvesse a transformação dos cargos de oficial escrevente em técnico judiciário. Os trabalhadores também debateram o Projeto de Lei 218/2017, que autoriza a reposição parcial da perda inflacionária dos vencimentos dos servidores do Judiciário. O PL continua em análise na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa.
Conforme a servidora Mariloy Petry, em Montenegro os trabalhadores da Justiça irão permanecer na frente do Fórum e os cartórios permanecerão fechados.
Outros pontos tratados na greve:
*Valor do vale-alimentação;
*Falta de plano de carreira ou mecanismo de valorização profissional para os servidores;
*Congelamento do auxílio-condução há anos;
*Falta de preenchimento de centenas de cargos vagos sem previsão de abertura de concursos para suprir a demanda de trabalho que só aumenta;
*Afastamentos de servidores do trabalho por problemas de saúde e não há política de prevenção ou tratamento para evitar essas situações;