Sem-teto pedem apoio do governo

Famílias que ocuparam área junto ao Morro recorreram à Assistência Social

O pintor Paulo dos Santos, desempregado e sem ter onde morar, esteve na manhã de ontem na Secretaria Municipal de Habitação, Desenvolvimento Social e Cidadania em busca de ajuda. Integrante do grupo que invadiu uma área privada na base do Morro São João, junto à Rua Balduíno Ramo, saiu de lá com as mãos abanando.

“Eles disseram que vão nos tirar de lá e que farão de tudo para que isso ocorra”, disse o pintor, em entrevista ao vivo para o facebook do Jornal Ibiá. Ele ainda acrescenta. “Mandaram procurar nossos direitos e que se não tivermos para onde ir, que fôssemos pra rua”, desabafou o desempregado. O grupo que procurou ajuda na SMHAD era composto por mães com crianças também. A posseira Andressa Toralles estava acompanhada do filho de seis anos e da menina de dois. Nenhum deles está cadastrado no Bolsa Família, embora o menino de seis anos esteja matriculado na escola, que é uma das premissas para pleitear o benefício. “Nem em verificar se meus filhos podem ser cadastrados no programa eles se preocuparam. A nossa situação está muito difícil. A Assistência não olha pra nós”, aponta com pesar.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura informa que nada pode ser feito por essas famílias, já que se trata de invasão de área privada. Também informam que o Conselho Tutelar age mediante reclamação de maus tratos, que não é o caso. Uma suposta sobra de apartamentos populares no Residencial Cinco de Maio, destinado a famílias de baixa renda, divulgada ontem nas redes sociais, não procede. Segundo a Acom, todos possuem proprietários, ainda que estejam desocupados.

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