Segue discussão sobre trecho da estrada Boa Vista

O cidadão Alcides Lopes Sarmento procurou o Ibiá há alguns dias para mostrar um abaixo-assinado com 40 nomes pedindo a revitalização do trecho final da estrada Boa Vista. Ela é o antigo acesso à comunidade de Passo da Serra, que ficou obsoleto após a construção da RSC-287. Sarmento protocolou o documento na Prefeitura, em oposição ao abaixo-assinado com 27 nomes de moradores que tem saída para a rodovia.

Estes não querem que o trecho que passa próximo ao quintal de suas casas tenha fluxo, evocam uma questão de se segurança, e alegam que aquele pedaço curto não terá utilidade quando é possível entrar na Estrada do Jacaré pelo asfalto. Já as quatro famílias que têm endereço na estrada Boa Vista argumentam que uma única saída causa transtorno, em especial com caminhões de entrega que são obrigados a retornar à RSC-287 em marcha ré.

Mas mesmo com o abaixo-assinado, o Município não deve revitalizar o trecho. O secretário de Desenvolvimento Rural, Ernesto Kasper, afirma que, “a chamada Boa Vista não pode ser considerada propriamente uma estrada”, já que a largura sequer permite a passagem simultânea de dois veículos.

A Prefeitura teria deixado de fazer manutenção porque os moradores possuem outra via de acesso, com as dimensões corretas. A Prefeitura levou em consideração o pedido de suspensão das intervenções por questões de segurança, já que a “estrada Boa Vista” poderia facilitar a chegada de criminosos às casas.

Trecho habitado tem boas condições. Mas o restante foi tomado pelo mato. Foto: Arquivo Jornal Ibiá

Secretário promete diálogo com moradores
“Recebemos com surpresa a informação sobre um segundo abaixo-assinado, solicitando justamente o contrário”, comenta secretário de Desenvolvimento Rural, Ernesto Kasper. Ele diz que o primeiro passo é verificar se as pessoas que subscrevem o documento realmente moram ali.

Ao Ibiá, Sarmento confirmou que moradores de outras partes do Passo assinaram em apoio e pensando em uma alternativa segura de locomoção. “Assim que possível, vamos fazer uma reunião com os moradores para definir o que será feito, mas, a princípio, aquele ‘caminho’ não é necessário”, conclui Kasper.

Sarmento mora há 22 anos no endereço, e garante que aquele pedaço do traçado antigo sempre foi trafegável, unindo-se à Estrada do Jacaré. O abandono foi de fato após a construção da rodovia estadual, contudo, muitos governos passados mantiveram aberta a alternativa de acesso, apesar de não haver moradores ao longo daqueles cerca de 100 metros.

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