Em entrevista à Rádio Ibiá Web nessa terça-feira, dia 5, o secretário de Saúde de Montenegro, Rodrigo Streb, adiantou que está buscando informações para apurar se houve falhas da rede municipal no atendimento ao menino José Adão, morto aos três anos de idade após longa espera por leito de UTI pediátrico e ambulância. Antes de ser internado no Hospital Montenegro, a criança foi atendida na rede básica, que compete ao Município, por três vezes. Nas duas primeiras, segundo a família, recebeu dipirona, paracetamol e um xarope. Só na terceira que houve encaminhamento ao hospital, quando foi constatada pneumonia.
“Eu mesmo estou juntando documentos desde a primeira vez da entrada do menor dentro da Atenção Básica. Ele procurou por três vezes o serviço e eu terei que pedir autorização dos médicos, encaminhar um ofício para eles para que eu tenha acesso ao prontuário, e colocar nos autos do processo administrativo”, declarou. As informações coletadas formarão processo administrativo que, com aval do prefeito, deve culminar na abertura de uma sindicância. “Vão ser tomadas todas as medidas”, garantiu Streb.
Em sua fala, o secretário apontou que, mesmo fora do âmbito da Atenção Básica, o Município se envolveu na busca pelo leito de UTI pediátrico a José Adão, cuja regulação ocorre através de sistema do Estado. “Eu estive dentro da casa de saúde, eu estive dentro do Samu e a gente não conseguiu, mas não foi por falta de vontade. Foi porque alegaram falta de material técnico (para o transporte pela Samu local) e porque a ambulância do Estado já estava regulada (encaminhada) e o Estado, que tem a competência para isso, estava mandando o transporte (que veio de Torres)”, afirmou. Ao Ibiá, na quinta-feira, a coordenação do Samu local informou que não fez o transporte do menino por não ter intensivista pediátrico capacitado ao transporte até a UTI do Hospital de Canoas. A secretaria estadual de Saúde e o Hospital Montenegro, por sua vez, não se posicionaram.
ASSISTA A ENTREVISTA: