Salvador do Sul aprova licença maternidade de seis meses

Outros municípios do Vale também possuem a lei que beneficia servidoras

Mais uma prefeitura da região aprova lei que beneficia servidoras com filhos recém-nascidos, para que fiquem por mais tempo com seus bebês. O projeto foi elaborado pela prefeitura de Salvador do Sul e teve aprovação unânime na Câmara de Vereadores. A publicação do texto, que prevê a ampliação da licença maternidade de quatro para seis meses, já foi assinada pelo prefeito Marco Aurélio Eckert.

No quadro de funcionários do Município constam 219 mulheres e, entre elas, está a técnica em enfermagem Salete Carneiro, 38 anos, grávida há 29 semanas e será beneficiada pela novidade. “A gente recebe a notícia com entusiasmo porque, assim, o bebê terá aleitamento materno durante os seis meses, conforme recomendado pelos pediatras”, destaca Salete. Ela já é mãe de outras duas crianças que tiveram a sua presença por apenas quatro meses.

A técnica em enfermagem sugere que outras prefeituras e entidades deixem as novas mães com seus bebês durante os seis primeiros meses. Porém, no município vizinho, em São Pedro da Serra, as servidoras que ficam grávidas ainda precisam voltar dois meses mais cedo para o trabalho. Lá não existe a legislação dos 180 dias, pois é facultativa a opção de ampliação do período.

De acordo com a prefeita de São Pedro da Serra, Isabel Corete Joner Cornelius, por enquanto a municipalidade continua com a regra dos quatro meses e não há previsão para estudo e criação de uma legislação que amplie a licença-maternidade em mais 60 dias. Harmonia proporciona o benefício, de meio ano às mulheres concursadas que tiverem filhos, desde 2009 e Feliz desde 2017. Em Maratá, a lei foi sancionada em 2013. Para a atual secretária de Administração e Fazenda, Josiane Schumacher Gaelzer, as mães conseguirem acompanhar os filhos durante o primeiro semestre de vida é bastante positivo. “É um período de adaptação entre mães e filhos e também cria-se um relacionamento mais afetivo estando em contato por mais tempo”.

Josiane espera o nascimento do primeiro filho. Ícaro deve nascer a partir da segunda metade de maio e poderá ficar aos cuidados da mãe e sendo amamentado por meio ano, em tempo integral. Josiane é concursada como pedagoga, mas atua como secretária, cargo do qual se licenciará.

Pediatra aprova período maior junto ao bebê
O médico pediatra Sérgio Siebel aprova o fato de as mães poderem estar mais dois meses ao lado dos bebês. “No primeiro ano de vida é quando eles precisam de suas mães”. Siebel também lembra que, em alguns países da Europa, a licença maternidade se prolonga por doze meses ou mais.

“A mulher será mãe poucas vezes em sua vida. Este filho será bem melhor atendido com quem o gerou do que ficar com estranhos ou em lugares como creches/escolinhas com outros 10 ou 15 bebês da mesma idade”, afirma o pediatra.

Últimas Notícias

Destaques