RS preocupado com o “Professor do Amanhã”

O governador Eduardo Leite assinou nesta quarta-feira, dia 4, o projeto de lei que cria o Professor do Amanhã. O objetivo do programa é formar docentes no Ensino Superior em áreas estratégicas para o fortalecimento da Educação Básica gaúcha; tendo sido aprovado por unanimidade pelo Parlamento em 12 de setembro passado.

Ele consiste em pagar bolsas mensais de permanência no valor de R$ 800,00 aos alunos de cursos de Licenciatura, iniciando com 1.000 vagas. Também serão repassados outros R$ 800,00 para a instituição Comunitária de Ensino Superior, como forma de custeio da vaga. A previsão é de que o programa receba R$ 57,6 milhões em investimentos até 2026.

No ato, a secretária da Educação, Raquel Teixeira, confirmou o problema da “baixa procura por licenciatura e pedagogia. Foto: Arquivo Jornal Ibiá

O Executivo Estadual ressalta ser uma iniciativa inédita no Brasil, inclusive coordenado pelo Gabinete de Projetos Especiais (GPE), que tem à sua frente o próprio vice-governador Gabriel Souza. A execução será pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict).

Sua titular, Simone Stülp, lembrou o quanto é importante a formação básica de crianças e jovens para que também se continue avançando na ciência, tecnologia e inovação. “Tratamos sobre temas muito especiais, tanto o da educação quanto o da importância das universidades comunitárias do Rio Grande do Sul”, enalteceu.

Informações sobre adesão

As instituições
– Um edital para selecionar propostas de Instituições Comunitárias de Ensino Superior sediadas no estado deve ser lançado em breve, para distribuir as 1.000 vagas. As instituições devem apresentar projetos com currículos inovadores, voltados à formação de docentes conforme a Base Nacional Comum de Formação Inicial (BNC-FI) e a Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Também devem abordar as denominadas competências para o século 21: pensamento computacional, pensamento projetual e criativo, empreendedorismo, comunicação e domínio de tecnologias. Os cursos devem ter carga horária mínima de 3,2 mil horas presenciais. A nota mínima exigida no Conceito Preliminar de Curso (CPC), componente do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), é igual a 3. As propostas ainda precisarão prever ações com edtechs (startups da área de educação) com desafios, estágios e vivências em ambientes de inovação.

Foto: Arquivo/Jornal Ibiá

Os estudantes
– Deve ter cursado o Ensino Médio completo em escolas da rede pública ou em instituições privadas como bolsista integral; ser professor efetivo da rede pública estadual; não ter diploma de graduação; e ter participado do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) do ano anterior (média mínima de 400 pontos). Outra exigência será a de realização de estágio probatório em escolas públicas a partir do segundo semestre do curso e, após a graduação, ao menos 1.920 horas de atividades docentes na rede estadual (temporário).

Últimas Notícias

Destaques