Roqueiro de respeito, Rodrigo Magrão em nova fase

Cabelão comprido e calça rasgada numa época em que ser diferente era pura rebeldia. Assim, nesse melhor estilo roqueiro, o músico montenegrino Rodrigo Magrão começou, publicamente, sua carreira nos palcos. O ano era 1989, o mesmo da queda do Muro de Berlim e da primeira eleição presidencial direta, no Brasil, depois de longos 29 anos. Rodrigo tinha, então, 15 anos.

“Que eu me lembre, de início foram três apresentações curtas. Uma em um aniversário e duas em festivais, além de muito violão nos encontros da turma de 8ª série do Delfina. Depois dessa estréia no mundo do Rock, a partir de 1990, participei de diversas bandas montenegrinas. A primeira delas foi a ‘Até Quando?’, que no ano seguinte virou a lendária Roleta Russa”, conta Rodrigo.

Quem tem pelo menos 28 anos vai lembrar da Roleta e de seus shows. E durante toda a existência dela, de 1991 a 2006, Rodrigo manteve projetos paralelos com as bandas A Fúria, Face Oculta, Violeta Negra e Soulkitchen. “Nesse período, viajei por grande parte do Estado e Santa Catarina fazendo shows de rock, principalmente com a Roleta Russa e A Fúria”, destaca.

Respeita, que sou da época do CD!
Com 43 anos de idade e carreira muito bem consolidada, principalmente em Montenegro e região, Magrão relata que sempre compôs suas próprias canções. Tocando pelos pubs e bares da cidade e em festas particulares, ele salienta que traz, também, no seu repertório, músicas de outros artistas. “Junte a vontade de tocar Rock com um pouco de poesia, simplicidade e diversão. Leve tudo ao fogo alto de uma plateia vibrante e saberá exatamente quem sou e com quem divido o palco”, destaca Rodrigo.

Com seu talento reconhecido na cidade, Rodrigo tem participação em coletâneas musicais, na época em que as músicas eram reproduzidas por CD. “O meu primeiro CD autoral, fora as coletâneas, foi gravado em 1998 e distribuído em 2001 de forma independente. Gravei oito músicas com um grande amigo meu, o Maurício Fernandes. A música Tarde Demais, 2ª faixa, ficou entre as mais pedidas durante duas semanas na programação da Rádio Cultura do Vale, em 2001. Vendemos muitas cópias do CD na época”, conta.

Depois de 2013, quando fez sua última gravação, o período foi de pausa nos discos. Porém os shows e as composições continuaram com tudo. “Com o grande crescimento da internet no Brasil e a proliferação de sites de divulgação de músicas e vídeos, comecei a gravar em home Studio algumas músicas autorais que eu tocava apenas nos shows e passei a lançá-las na rede”, informa.

Rodrigo Magrão, músico montenegrino, no começo da carreira

A carreira atualmente
Com personalidade e risada muito marcante, Rodrigo comemora, atualmente, além de sua carreira independente, os três anos da banda de Rock clássico da qual participa, a “MotoRock Band”. “Ou banda de Rock estradeiro, como gostamos de anunciar”, explica.

Apresentando-se em eventos de médio e grande porte, jamais deixando de lado bares e pubs que incentivam o Rock, segundo Rodrigo, o grupo é composto por ele no vocal, guitarra, violão e harmônica; Silvio Rasche na bateria e João Chaves no vocal e contrabaixo.

“Nessa banda, apresentamos toda a experiência adquirida nesse tempo de envolvimento com a música, interpretando mitos do rock e também músicas autorais. Assim como eu, os outros integrantes da banda são músicos há bastante tempo”, salienta.

E para quem quiser conhecer mais o trabalho de Rodrigo Magrão, ele avisa que todo o seu acervo solo ou da MotoRock Band está disponível no YouTube, Soundcloud, PalcoMp3 e no Facebook. Vale a pena conferir.

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