“Ritual satânico”: delegado é condenado por falsidade ideológica e corrupção ativa de testemunhas

O delegado Moacir Fermino Bernardo foi condenado a pena de seis anos, dois meses e 17 dias de reclusão pelos crime de falsidade ideológica e corrupção ativa de testemunhas, no caso da morte de duas crianças, cujos restos mortais foram localizados em uma estrada no bairro Lomba Grande, em Novo Hamburgo, de setembro de 2017. A pena será cumprida em regime semiaberto. A sentença foi proferida pelo Juiz de Direito Ricardo Carneiro Duarte, da 2ª Vara Criminal de Novo Hamburgo, na sexta-feira, dia 30.

O delegado é acusado de ter montado uma farsa sobre os autores do homicídio. A investigação do delegado, agora aposentado, apontou que as crianças, cuja identificação permanece ignorada, foram mortas em um ritual de magia negra ocorrido em um templo na zona rural de Gravataí, realizado por um “bruxo” e seis cúmplices.

Em uma entrevista coletiva à imprensa no dia 8 de janeiro de 2018, o delegado apontou na ocasião sete pessoas como envolvidas, das quais cinco foram presas. Na ocasião, Moacir Fermino mostrou uma capa e máscara de cachorro que teriam sido usadas na cerimônia macabra. No entanto, a Corregedoria Geral da Polícia Civil concluiu que o resultado do trabalho investigativo não passava de uma farsa.

Condenados às menores penas possíveis nos crimes apurados pela Justiça, o delegado  ainda pode recorrer da decisão de primeiro grau. Conforme entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), ele permanecerá em liberdade até o fim da tramitação do caso em segunda instância.

O delegado Moacir Fermino Bernardo chegou a atuar na Delegacia de Polícia de Montenegro.

 

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