Região tem nove cidades infestadas pelo Aedes aegypt, mas apenas duas em situação de alerta

Levantamento divulgado pelo Estado mostra índice de alerta para São Sebastião do Caí e Feliz

Dados divulgados pela secretaria estadual da Saúde (SES) apontam que o Rio Grande do Sul tem 99 cidades em situação de alerta ou de alto risco de difusão de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. No Vale do Caí, são dois os Municípios que se encaixam na situação de alerta: Feliz e São Sebastião do Caí. No entanto, são nove as cidades que registram a presença do mosquito (confira a tabela).

Enquanto que Feliz apresenta um Índice de Infestação Predial (IIP) de 2,5, o de São Sebastião do Caí é de 1,3. Os dados são baseado no Levantamento Rápido de Índices de Infestação pelo Aedes Aegypti (LIRAa) de outubro a dezembro de 2019 do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS).

Ao todo, 358 cidades realizaram o levantamento no último trimestre. Enquanto 3% e 25% delas apresentaram, respectivamente, índices de alerta e risco, os demais 72% tiveram a infestação considerada de baixo risco, quando em menos de 1% dos imóveis houve a presença do Aedes aegypti. 16 cidades classificadas como infestadas não realizaram o detalhamento da infestação. Somados, são 374 municípios considerados infestados no Rio Grande do Sul.

Conforme a SES, os índices representam o percentual de imóveis vistoriados onde foram encontradas larvas do inseto da dengue, chikungunya e zika. Índices acima de 4,0 são considerados de risco. Entre 1,0 e 3,9 são de alerta. Abaixo de 1,0 é considerado baixo risco de transmissão de doença. Além disso, um Município é considerado infestado se registrou focos de Aedes aegypt nos últimos 12 meses.

Os dados reforçam as ações preconizadas pela Secretaria da Saúde (SES), principalmente no verão, quando a proliferação do mosquito aumenta em função das altas temperaturas. O principal cuidado deve ser em relação aos locais com água parada, onde o mosquito deposita seus ovos.

O último ano terminou com quase 1,2 mil casos dessas doenças contraídas dentro do Rio Grande do Sul. É o maior número registrado desde o ano de 2016 no Estado.

Saiba mais
A transmissão da dengue, zika e chikungunya ocorre pela picada do Aedes aegypti. O mosquito tem em média menos de um centímetro, é escuro e com riscos brancos nas patas, na cabeça e no corpo. Com hábitos diurnos, sobretudo ao amanhecer e ao entardecer, a fêmea do inseto se alimenta basicamente de sangue humano. Para se reproduzir, o mosquito precisa de locais com água parada, não necessariamente suja. Muitos desses locais ficam em pátios e residências. Por isso, o cuidado para evitar a sua proliferação busca eliminar os possíveis criadouros, impedindo o nascimento do inseto.

Medidas de prevenção
– Tampar caixas d’água, tonéis e latões;
– Guardar garrafas vazias viradas para baixo;
– Guardar pneus sob abrigos;
– Não acumular água nos pratos de vasos de plantas e enchê-los com areia;
– Manter desentupidos ralos, canos, calhas, toldos e marquises;
– Manter lixeiras fechadas e piscinas tratadas o ano inteiro.

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