Em fevereiro de 2003, encarei um novo desafio profissional: o de trabalhar no Jornal Ibiá, onde fui repórter policial durante cinco anos e meio. Logo percebi o tamanho da importância dele como referência jornalística no maior município do Vale do Caí. A atuação de uma empresa de comunicação torna-se ainda mais fundamental, sobretudo dentro da sua comunidade. Leitores e internautas buscam o Ibiá como porta-voz para respostas a demandas, muitas vezes, deixadas de lado pelos governantes.
Até agosto de 2008, quando me despedi do Ibiá e de Montenegro, o envolvimento da sociedade era permanente. Hoje, então, isso ganhou uma proporção ainda mais, dado o surgimento das redes sociais. Afinal de contas, a população também auxilia neste processo. Nas ruas ou em qualquer outro local, o jornalismo tem uma “equipe extra”, formada por pessoas que fazem relatos, filmam ou tiram fotos para encaminhar à redação. É dessa forma que a notícia passou por uma profunda transformação.
Ter uma voz ativa, como o Ibiá, é um privilégio para poucos veículos impressos no Rio Grande do Sul. Por isso, também se dá a necessidade de melhorias, como forma de ajudar e transmitir a informação de uma maneira ética e eficaz. Tive muito orgulho de conviver com diferentes servidores da segurança pública. A editoria de polícia sempre esteve de portas abertas para dar a resposta aos crimes ou publicar reportagens de interesse público. Isso o jornal faz com muita competência. Tendo uma empresa jornalística inserida fortemente na comunidade, quem ganha é o cidadão, que paga impostos para ver a Prefeitura, o Estado ou a União atenderem os seus anseios.
A confiança dos moradores da região se reflete na ida deles até a sede do jornal, na busca das mais diferentes soluções, porque entendem que o Ibiá é a fonte certa para isso. Muitos ainda agem dessa forma, mesmo nos tempos de whatsapp. Ouvir o seu João protestando contra os buracos das estradas ou a dona Maria, que está sem água há vários dias, é um compromisso firmado com a população. Mencionei região porque o Ibiá transcende a RSC-287, marcando presença em municípios próximos como Brochier, Maratá, Pareci Novo, Salvador do Sul, Capela de Santana, entre outros.
Vivi intensamente o período em que estive no Ibiá, da Mara Rúbia Flores e da Maria Luiza Szulczewki, a Lica. Sei o quanto elas se envolvem nos assuntos pertinentes à comunidade. A tarefa de um jornal também é “defender” a população. Tive ainda a alegria e satisfação de trabalhar com colegas bastante competentes. Uma redação unida, buscando sempre o melhor. Dessa maneira, o jornal fica mais forte e reforça a importância no seu meio. Parabéns Ibiá pelos seus 40 anos. Vida longa para essa empresa tão significativa no meu currículo. Um forte abraço e tim-tim.