O comunicador Jalvi Machado usou o Facebook para tornar pública uma ameaça que teria recebido ontem do coronel aposentado da Brigada Militar, Edar Borges Machado, atual chefe de gabinete da Prefeitura de Montenegro e secretário municipal de Viação e Serviços Urbanos. O radialista afirma que Borges usou uma pistola para tentar intimidá-lo. A postagem ressalta ainda que crianças estavam presente na hora do ocorrido.
Jalvi não quis falar sobre o caso com a reportagem do Jornal Ibiá. Porém, na rede social, desabafou. Segundo ele, no início da tarde desta quinta-feira, Borges foi até sua casa para reclamar sobre a divulgação de informações, realizada por ele em uma publicação no Facebook. “Não consegui gravar. Mas os vizinhos se prontificaram a testemunhar na Polícia e Justiça contra o destemperado duplo secretário”, comentou Jalvi.
Duas crianças teriam presenciado a cena. “O pior é que ele mostrou a arma para minha filha de 14 anos e meu sobrinho de sete anos, dizendo que me daria um tiro. As crianças entraram em choro convulsivo”, relatou.
Além de cobrar providências do prefeito de Montenegro, Kadu Müller, Jalvi levou o caso ao conhecimento da Polícia. Ele registrou ocorrência na Delegacia de Pronto Atendimento (DPPA).
“Quem fala tem que sustentar o que diz”
Edar Borges Machado minimizou a publicação feita pelo radialista e disse que não houve ameaça, apenas um pedido de explicações. “Este senhor costuma usar as redes sociais para agredir as pessoas, muitas vezes com informações falsas. Eu me senti ofendido e fui falar com ele”, admite o chefe de gabinete. Na publicação a que Borges se refere, Jalvi insinua que o secretário está mentindo à população sobre a falta de manutenção de máquinas em governos anteriores e à quantidade de estradas do interior que a Prefeitura deve manter.
Ao falar sobre o episódio, Borges diz que foi até a residência do radialista e o chamou para conversar. No entanto, ele não teria saído de dentro da casa. “Algumas pessoas só são corajosas na frente do teclado. Quem fala tem que sustentar o que diz. Eu só queria uma explicação”, assegura.
Sobre o uso da arma, o chefe de gabinete diz que, por ser coronel da reserva da Brigada Militar, tem porte e costuma andar armado o tempo todo, mas não a teria sacado e, muito menos, feito ameaças. “Inclusive, quando apareceram crianças, eu fui embora”, conclui.