‘Quero meu cliente pra uma venda ou pra uma vida?’

Atração em palestra da ACI hoje à noite, Ricardo Leite fala de atendimento, relacionamento e fidelização nas empresas

Pós-graduado em Gestão Comercial pela FGV/RJ, Bacharel em Comunicação Social pela PUC/RS e com experiência de mais de duas décadas como instrutor e palestrante nas áreas de Liderança, Relacionamento Interpessoal, Atendimento a Clientes, Marketing e Vendas, Ricardo Leite já atuou em empresas de porte, como o Grupo RBS, o Grupo Ipiranga e o Banco Bradesco. Por tudo isso, foi escolhido pela Associação Comercial, Industrial e de Serviços (ACI) de Montenegro e Pareci Novo para conduzir uma palestra hoje à noite, dia 21, no Clube Riograndense.

Ricardo sobe ao palco às 19h30min com a palestra “Atendendo bem, vendendo mais!”. Nela, o especialista deve incentivar reflexões sobre a importância de um bom atendimento em prol de resultados positivos para qualquer empreendimento. Pela ACI, o evento marcará o encerramento das atividades do Projeto Oportunidades para Crescer (POC) 2018. O Jornal Ibiá esteve em contato com Ricardo que, em entrevista exclusiva, adiantou um pouco do que deve ser trabalhado nesta noite. Confira.

Jornal Ibiá: A quem é voltada a palestra de hoje?
Ricardo Leite: Essa palestra é voltada não só aos empresários, mas para qualquer pessoa que, de alguma forma, trabalhe com o atendimento de clientes internos ou externos. Quando a gente fala nisso, estamos falando de praticamente todo mundo. O profissional que faz a montagem do móvel que uma loja vendeu, por exemplo, de alguma maneira também está participando do processo da venda. O caixa de uma loja também vende a imagem da empresa.

J I: Como esse momento será trabalhado?
RL: O atendimento é o alicerce de uma venda bem feita. Por isso, o objetivo é que, a partir de um enfoque bem motivacional, a gente possa fazer com que as pessoas façam algumas reflexões sobre a importância da excelência no atendimento e em oferecer um atendimento diferenciado para, a partir dali, gerar resultados positivos. Eu procuro trabalhar de maneira leve e divertida, oferecendo um ambiente de descontração para, dentro dele, conseguir com que as pessoas reflitam sobre questionamentos bem importantes sobre como estão atendendo, que tipos de resultados se pretende alcançar ou o que lhes faz acordar e efetivamente entregar o meu melhor no trabalho.

J I: Existe um déficit de bom atendimento no mercado?
RL: Eu não posso dizer que sim. O que eu posso dizer é que em todo lugar que a gente vai existe o bom e o mau exemplo. A gente encontra profissionais chorando por causa da crise e, às vezes, na mesma quadra dele, outro que vende a mesma coisa e está tendo excelentes resultados a partir das atitudes que ele tem. Quem está colhendo frutos não é por mágica. É por essas atitudes que cada gestor e colaborador da empresa tem. São pessoas capacitadas e motivadas que fazem a diferença.

J I: O que pode faltar para que a pessoa perceba que precisa melhorar?
RL: São vários fatores. As pessoas trabalham tanto, ainda mais nessa época do ano, e usam muito tempo para o “fazer, fazer, fazer” e acaba que sobra pouco para o refletir. É essa reflexão que faz a gente melhorar, ao parar para pensar no que a gente faz. Ali sim, eu consigo pensar em novas ações ou até buscar coisas que eu fazia no passado e davam certo, mas que, por algum motivo, eu deixei de fazer. Por isso a importância de momentos como o de investir uma noite para ir em uma palestra, onde a pessoa acaba fazendo perguntas para as quais, talvez, ela mesma tenha a resposta.

J I: Como você observa a questão do atendimento no âmbito das redes sociais?
RL: Hoje, uma empresa, independentemente do tamanho de orçamento disponível para ações de marketing, pode se fazer presente no ambiente virtual com as redes sociais. Por ali, eu conheço muitas empresas que são pequenas e que conseguem trazer “n” clientes de uma maneira inteligente e sem custos. A nossa vitrine não é mais só a vitrine física da loja. Ela pode ser o celular de qualquer cliente que esteja conectado conosco e o uso inteligente dessas redes, por isso, é muito importante.

J I: Falando de atendimento, de que forma ele pode fidelizar o cliente?
RL: Na minha opinião, a fidelização depende de como a empresa enxerga a questão do relacionamento. Ela precisa pensar: ‘Eu quero meu cliente pra uma venda ou pra uma vida?’. É muito mais caro tu vender para um cliente novo do que tu vender para um cliente que já tem uma história contigo e confia em ti. Por isso que a estratégia de investir em relacionamento é muito inteligente. Aí entram algumas questões que são importantes.
O cliente só se relaciona com quem ele confia. Para isso, a primeira coisa é cumprir o que tu prometeu a ele, procurando ser íntegro e falar a verdade. Tu também tem que atender bem. A partir daí tu começa uma convivência com o teu cliente e chega uma hora em que, às vezes de forma instintiva, ele começa a te ter como uma referência. Tu se torna sempre o primeiro que ele procura e isso só aprofunda o relacionamento.
Pegando o Natal, que é um dos principais momentos para o varejo, como exemplo. Vai entrar muita gente nas lojas que não entrariam no restante do ano. Ali é uma oportunidade de a gente mostrar quem a gente é, atendendo essas pessoas da melhor forma possível. De repente, já ficando com algumas informações dele para, depois, fazer um contato, avisar se chegou algo novo, convidar para um possível lançamento e assim construir um relacionamento para além dessas datas especiais.

J I: Com que mensagem você quer que o participante da palestra saia do Clube hoje?
RL: Buscamos fazer o profissional entender que o grande diferencial de uma empresa é ele. São as pessoas que acabam sendo o grande diferencial para que qualquer organização dê certo e isso não é só o papel do gestor. Cada um é importante quando falamos em construir uma cultura de atendimento que gere vendas sustentáveis. Crise tem desde que a gente se conhece por gente e, mesmo com ela, têm empresas que, com seu tempo, vão crescendo. Cada profissional precisa saber que tipo de pessoa que ele quer ser: aquela que cresce e vê o copo meio cheio ou aquela que só chora e vê o copo meio vazio.

agende-se:
O quê? Palestra “Atendendo Bem, vendendo Mais!”, com Ricardo Leite
Onde? Clube Riograndense
Quando? Hoje, 19h30min
Quanto? R$ 35,00 para sócios ACI; R$ 70,00 para não sócios

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