MÁRCIO MENEZES é o segundo convidado do quadro do Ibiá
Convidado do quadro “Pronto. Falei!” dessa semana, o candidato Márcio Menezes, do PSDB, avaliou as condições de mobilidade urbana do Município e contou suas propostas para a área. Escolhido através de sorteio, o prefeiturável concorre pela coligação “Um novo tempo para Montenegro” e pontua que a organização da cidade, com mobilidade e acessibilidade, passa pelo conhecimento e cumprimento das leis; e pelo exemplo, que precisa partir do próprio Poder Público.
Mostrar ideias e projetos de governo dos candidatos à Prefeitura de Montenegro é justamente o objetivo do “Pronto. Falei!”. Apresentado pela diretora do Jornal Ibiá, Maria Luiza Szulczewski, a Lica, o bate-papo com Márcio ocorreu na tarde desta quinta-feira, dia 15, e foi transmitido ao vivo pelo Facebook direto da esquina entre as ruas Ramiro Barcelos e Fernando Ferrari. O local, com a ciclofaixa, o semáforo e o fluxo acentuado de veículos, foi escolhido a dedo como cenário para a abordagem do tema; que foi sorteado e só conhecido pelo convidado momentos antes do programa.
O “ser exemplo” foi citado por Márcio logo na primeira pergunta; que foi sobre como reduzir dificuldades de locomoção aos idosos, cadeirantes e demais pessoas com algum tipo de deficiência física. “O Palácio Rio Branco tem que ser o primeiro exemplo”, disse ele, apontando que é inconcebível que o prédio sede do governo municipal não esteja adequado às condições de acessibilidade. “Temos que implantar o que está escrito na lei”.
O candidato também falou sobre as condições precárias das calçadas da cidade e o fato de a responsabilidade pela manutenção ser dos proprietários dos imóveis, o que não é conhecido por toda a população. Para Márcio, o primeiro passo é trabalhar a orientação, dando aos munícipes o conhecimento dessa obrigação antes da aplicação de multas. E voltando a bater na tecla do “exemplo”, o prefeiturável comentou que a Administração Municipal só poderia cobrar o contribuinte pela manutenção de sua calçada se der à ele um retorno em serviços e atendimento, como a própria manutenção das ruas por onde passam os carros.
Para Márcio, um caminho para resolver o problema das calçadas é juntar a comunidade e definir a padronização da construção dos passeios. Lica pontuou que há prédios da própria Prefeitura com problemas em calçadas. O candidato concordou e citou a Avenida Júlio Renner como um dos pontos em que não há passeio para os pedestres. Ele avalia que os próprios canteiros centrais da popularmente conhecida “Via 2” possam ser pavimentados e transformados em calçada.
Transporte público, rotativo e, sim, a RSC-287
Falando de mobilidade, Márcio Menezes contou que, ao chegar em Montenegro, em 2009, conheceu a rua Fernando Ferrari com a ciclofaixa no lado direito da via; mesmo lado que os ônibus tem para o desembarque de passageiros. “Foi uma falha de implementação”, exemplificou. O candidato disse que a mobilidade urbana organizada e planejada, no seu governo, será trabalhada com estudos junto da secretaria de Obras e dos conselhos.
Questionado sobre o transporte coletivo e políticas em prol de baixar o preço das passagens de ônibus, o candidato disse ser necessária uma discussão ampla que leve em conta o advento de novas tecnologias, como o Uber, e a própria sustentabilidade do serviço para não “quebrar” a empresa que tem a concessão. “Começa nas paradas de ônibus”, adicionou Márcio, apontando que algumas são ainda do governo Ivan Zimmer e precisam ser trocadas. Sobre a questão do transporte no interior, ele contou que, quando foi secretário de Indústria e Comércio em 2013, já trabalhou em cima do tema e da constatação da redução de demanda de passageiros na área rurual. “Mas se é necessário a Prefeitura custear esse serviço, tem que fazer”, colocou.
Lica também questionou o candidato sobre o estacionamento rotativo; hoje suspenso por uma decisão judicial. Márcio fez uma crítica ao setor que fez a licitação para a contratação do serviço que, em sua percepção, não teve o conhecimento técnico necessário e abriu margem para o questionamento na Justiça. O prefeiturável disse, no entanto, que concorda com a cobrança pelo uso das vagas no Centro, mas apontou que, se eleito, buscará dois ajustes: mais vagas para motocicletas e um tempo de tolerância com gratuidade.
Para Márcio Menezes, o caminho para por em dia a manutenção de ruas esburacadas e sem manutenção é organizar as lideranças de bairro e fazer um sorteio. Será ao bairro sorteado que irá toda a equipe para atender as demandas existentes no todo. Na percepção do candidato, a Prefeitura tem pessoal, equipamentos e condições para colocar a ideia em prática. “Hoje, nem o capim cortam. Está na retina do olho da gente”, criticou.
O prefeiturável disse ter projeto de parceria com empresas para manutenção das sinalizações das ruas em troca de espaço publicitário; e falou da ideia de colocar placas de captação de energia solar em prédios públicos, como o Azulão, para cortar gastos com energia elétrica e poupar recursos para um projeto que tomou a maior parte do programa: um viaduto na RSC-287 que ligue o centro com o bairro Santo Antônio.
Para Márcio, apesar de o plano de carreira do funcionalismo ter aumentando o comprometimento da receita do Município, o crescimento de R$ 159 milhões de entradas entre 2013 e 2020 dá condições para que a obra seja feita. “Será que dentro desse quadro de crescimento econômico, a gente não arruma 20 milhões para uma obra importantíssima de 147 anos?”, colocou. “(A 287) é responsabilidade do Estado, sim, mas está nos incomodando. A gente vai resolver”, pontuou. Além do viaduto, seu projeto de governo prevê uma pequena rótula no bairro Panorama junto de uma passarela.