Ohne Philã. Ideia é melhorar consumo e distribuição de remédios na cidade
Através de palestras com grupos diversos e com a distribuição de folders e explicação de agentes de saúde, a comunidade de Brochier está sendo orientada sobre os cuidados que deve ter com medicamentos e também sua prescrição, consumo e distribuição. A ação faz parte do projeto “Ohne Philã – Sem remédio”, desenvolvido pela secretaria municipal de Saúde e Assistência Social através do Núcleo de Apoio à Saúde da Família (NASF).
Conforme a psicóloga sanitarista Suélen do Nascimento Barbieri Rutsatz, que atua junto ao NASF, foi a percepção de que medicações vinham sendo consumidas de forma indevida no município que motivou a criação do projeto. Outro fato observado foi a falta de informação sobre quais remédios fazem parte da lista básica, que é fornecida na farmácia do Município, e quais não são. O correto descarte de remédios também é abordado no “Ohna Philã – Sem Remédio”, com pontos de coleta sendo instalados em todos os postos de saúde do Município.
“Às vezes, as pessoas só descartam o medicamento ou trazem no posto de saúde quando falece um familiar. As pessoas trazem aquela sacolinha de medicamentos que era do familiar que faleceu e ali a gente vê muitos medicamentos vencidos”, conta Suélen. Segundo a psicóloga, com os postos de coleta será possível fazer um levantamento do tipo de medicamentos as pessoas estão mantendo em casa e qual sua condição. Ela salienta que o projeto busca trabalhar a responsabilidade. “Cada um tem o seu papel: o médico, o usuário, a farmácia e o SUS”, observa.
A psicóloga alerta ainda para os perigos do uso indevido dos medicamentos, que vão desde automedicação até dose errada. “As consequências disso podem ser a intoxicação, a progressão da doença, o aumento do tempo do tratamento, o aumento do curso do tratamento e de outras reações e sintomas adversos que a pessoa pode ter por usar a medicação inadequada”, aponta. Inclusive, para Suélen a automedicação é um problema que afeta toda a população mundial e que precisa ser abordado. A psicóloga sanitarista cita como exemplo do mal da automedicação a reação que o organismo pode ter com a ingestão frequente de um anti-inflamatório ao se acostumar com tal remédio.
Suélen reforça que o nome do projeto não significa que as pessoas devam ficar sem remédios, mas que sejam responsáveis pelo uso e tenham consciência do mal da automedicação. A psicóloga reforça ainda que o “Ohne Philã – Sem Remédio” busca a solidariedade através do incentivo para que pessoas que tenham remédios dentro da prazo da validade sobrando os levem até um posto de saúde.