Professores se qualificam

Na Estação da Cultura, dois temas foram destaque: a cultura indígena e as estratégias de prevenção às drogas

Ontem, o 16º Encontro Nacional e 37º Encontro Municipal de Educação e a 6ª Jornada Sesc de Educação Infantil, tiveram continuidade com oficinas e palestras em escolas e espaços culturais da cidade. Na Estação da Cultura, dois temas importantes foram destaque: a cultura indígena e estratégias de prevenção ao uso de drogas. A primeira foi coordenada pela mestre em História, Kassiane Schwingel, com o tema “O bem viver indígena em sala de aula- conhecer, compreender e respeitar!”.

Kassiane defendeu que esse é um assunto que, no livro didático, não é atualizado e os professores precisam ter esse conhecimento atualizado. “Há uma lei, 11.645, que obriga o ensino da cultura e história indígenas nas escolas e os professores, muitas vezes, não encontram subsídios para isso”, argumenta. Esse tipo de palestra, de acordo com ela, é uma possibilidade de subsidiar a prática pedagógica e também aproximar as duas culturas, além de sensibilizar os professores para a temática.

Para a mestre, possibilitar aos alunos conhecer a cultura indígena é muito importante, uma vez que existe essa abertura com as tribos. “Inclusive, se preparam para isso, fazem comidas típicas, fazem apresentações de dança. Essa possibilidade sempre existe como, também, a de eles virem até a escola para fazerem falas com os alunos”, completa.

A conversa também contou com o relato do cacique da terra indígena de Lajeado, João Vicente Garcia, que falou sobre a luta e suas experiências como líder da tribo.

No espaço Braskem, doutor em Psicologia Social e Institucional e professor do Departamento de Psicologia da Unisc, Moises Romanini, falou sobre “Experiências e estratégias de prevenção ao uso de drogas e promoção de Saúde nas escolas”. Durante a conversa com os professores, Romanini falou sobre sua experiência no trabalho na área e meios de se prevenir e identificar casos de uso de drogas nas escolas.

Outras três oficinas ocorreram na Escola Municipal Dr. Walter Belian: “Incluindo a História que não é contada – Educação na perspectiva das relações étnico-raciais”; “Pnais: A arte de alfabetizar com significado”; e a oficina de “TGD – Transtorno Global de Desenvolvimento”. Estas oficinas foram direcionadas aos professores das escolas de Ensino Fundamental e despertaram o interesse dos profissionais.

“A fantástica fábrica de emoções”
No teatro Therezinha Petry Cadona, na Fundarte, Eric Chartiot foi responsável por trazer novos ensinamentos aos professores das escolas de Educação Infantil, com o tema “A fantástica fábrica de emoções”. A ideia da conversa de Chartiot com os professores foi trabalhar e conhecer boas histórias, de uma forma diferente, diariamente, conseguindo a atenção do público, nesse caso, os alunos. Na oficina, foram apresentadas técnicas que permitem obter a atenção e como podem ser usadas.

Em uma delas, Chartiot, entregou um barbante para cada professor. Pediu que ficassem em pé e, com a mão de maior habilidade, somente ela, fizessem o maior número de nós em um minuto. Depois, pediu que desamarrassem e contassem a quantidade que conseguiram fazer.

Novamente, Chartiot pediu que os professores segurassem o barbante mas, dessa vez, com a mão de menor habilidade. Pediu que fizessem nós, contassem e desamarrassem.

A surpresa dos participantes foi que, com a mão de menor habilidade, o número de nós foi igual ou superior à quantidade feita com a outra.

Com isso, Chartiot contextualizou que o cérebro se adapta facilmente a novas situações. A ideia é que os professores sejam incentivados a ultrapassar os limites daquilo que é pré-estabelecido para educar os alunos. “Temos que sair dos limites”, defendeu o educador.

Questionando os educadores quando foi a última vez que fizeram algo pela primeira vez, Chartiot buscou instigar nos profissionais um desejo de criar novas possibilidades dentro da sala de aula.

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