Em Assembleia Geral nesta sexta-feira, 12, o sindicato dos professores do Estado (Cpers), decidiu entrar em estado de greve. Além disso, cerca de quatro mil educadores que estavam reunidos decidiram também o pedido de recomposição salarial de 28,7% junto ao governo gaúcho.
Dentre as pautas de reivindicação da categoria, estão também o pedido de concurso público e resistência contra a reforma da previdência, com formação de comitês em todos os municípios gaúchos. Na assembleia, também foram decididas as datas de indicativo de greve geral e paralisação para o dia 15 de maio e um dia posterior ao não recebimento do salário, respectivamente.
A situação precária dos professores e funcionários de escola foi um dos pontos fortes do debate. A reportagem tentou entrar em contato com a direção do 5º Núcleo do Cpers, em Montenegro, porém não obteve retorno até o fechamento desta edição. Na rede social oficial do 5° Núcleo, a diretora geral, Juliana Marques Kussler, se manifestou sobre o assunto. “O salário dos professores e funcionários de escola do nosso Estado está absurdamente defasado, a tal ponto que nós somos um dos cinco piores salários de professores do País”, relatou Kussler.
De acordo com a diretora a defasagem é tão grande que muitos colegas estão com nome sujo no Serasa e SPC. “Nós conseguimos uma vitória no inicio do mês de março. O nosso escritório de advocacia que faz a assessoria do sindicato conseguiu jurisprudência para os professores, educadores e funcionários ingressarem contra o Estado por danos morais devido ao parcelamento e atraso dos salários”, disse Juliana.